A Festa do Avante! é uma cidade imensa, onde confluem diariamente centenas de milhares de pessoas durante os três dias da sua duração. É obra, garantir a tão vasta e concentrada multidão os serviços normais de segurança, funcionamento e conforto de uma urbe moderna. Todavia, é o que acontece em cada edição e, como usa dizer-se, «quando não há notícias é porque as notícias são boas». Mais uma vez assim foi: nada de significativo se registou no que toca a problemas, dificuldades, acidentes ou quaisquer ocorrências mais ou menos desagradáveis, mas não foi por acaso que tal aconteceu, porque por trás da ausência destas «notícias» esteve sempre, discreta e eficaz, a panóplia de serviços e apoios que a Festa tem ao seu dispor.

Uma presença discreta e eficaz, mas nem por isso dissimulada das vistas, pois era bem visível – e às vezes claramente assinalada – a panóplia de serviços a funcionar na Festa, desde os bombeiros, sempre incansáveis na vigilância de todo o recinto, continuando nas equipas de segurança que patrulhavam permanentemente todos os espaços, nos serviços de transporte de doentes e enfermagem que resolviam rapidamente qualquer indisposição registada, confluindo no posto médico onde, em todas as horas dos três dias da Festa estava de serviço permanente um corpo de médicos e enfermeiros, na limpeza, lavagem e refrescamento das ruas, na recolha do lixo, no reabastecimento das diversas caixas multibanco colocadas no recinto, na garantia do funcionamento contínuo e sem falhas da electricidade, da água e do gás, no acesso garantido e eficaz a todo o tipo de fornecedores, etc. etc.
Anote-se que, na prestação desta multiplicidade de serviços, estavam obviamente envolvidas estruturas e instituições exteriores à Festa e ao PCP, como é o caso dos bancos que garantiram a instalação e funcionamento das caixas multibanco, dos agentes da PSP que ordenaram o trânsito nos acessos, dos bombeiros, das ambulâncias ou da câmara municipal do Seixal, que garantia trabalhos diversos de limpeza.
Todavia, quer a coordenação geral, quer a multiplicidade dos serviços prestados - desde a ciclópica tarefa da limpeza (todas as manhãs o recinto estava impecavelmente limpo das montanhas de detritos acumuladas no dia anterior), continuando na assistência médica e de enfermagem, e desembocando nas múltiplas tarefas de segurança -, tudo foi garantido pela organização da Festa e assente no trabalho voluntário e militante.
Um trabalho absolutamente exemplar, e dizê-lo é da mais elementar justeza.