Eleições no Egipto

Oposição denuncia fraude

Apoiantes e opositores de Hosni Mubarak divergem na análise aos resultados eleitorais divulgados, sexta-feira da semana passada, pela comissão eleitoral.
Para os membros do Partido Nacional Democrata, força política do actual presidente do Egipto, os mais de 88 por cento de votos atribuídos a Mubarak reflectem a adesão do povo ao seu projecto. Contrariamente, a oposição liderada por Ayman Nour denuncia fraude e reclama que quase 40 por cento dos boletins contados a favor de Mubarak são fraudulentos, isto para além de acusar o presidente de ter feito promessas de emprego e progresso económico e social desprovidas de fundamento.
As eleições registaram uma das mais baixas taxas de participação de sempre, 23 por cento, isto apesar de se tratar do primeiro sufrágio multipartidário do país.
Há 24 anos no poder e apontado pela «comunidade internacional» como um exemplo democrático na região, Hosni Mubarak foi sempre eleito através de referendos onde a sua candidatura era a única autorizada. Os próximos seis anos deverão, no entanto, ser os últimos do chefe de estado egípcio, o qual prepara já a sucessão no cargo a favor de Gamal Mubarak, o filho mais novo do dinasta.


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