A Central Unitária dos Trabalhadores do Chile (CUT) agendou para quarta-feira da próxima semana uma jornada de protesto laboral na capital do país.
A manifestação marcada para dia cinco de Outubro em Santiago do Chile – data em que se assinalam também os 17 anos da vitória das forças democráticas no plebiscito revogatório do mandato de Augusto Pinochet – tem como objectivo mobilizar o povo para a luta contra a flexibilidade laboral, por melhores condições de vida e mais direitos e regalias sociais, e por uma reforma política que consolide o regime democrático no país.
Na conferência de imprensa, o responsável sindical da CUT, Arturo Martinez, revelou ainda alguns dados que consubstanciam a necessidade do fortalecimento do movimento sindical no Chile e da aprovação de medidas fiscalizadoras de um mercado de trabalho cada vez mais agressivo para os trabalhadores dependentes.
Martinez sunlinhou que cerca de 58 por cento dos trabalhadores não obtêm pensões que lhes garantam dignidade, e que o mesmo valor percentual se aplica aos que laboram no mercado informal ou em condições de elevada precariedade.
O crescimento do sector terciário no país é, segundo Martinez, um dos principais responsáveis pela situação, uma vez que neste âmbito operam empresas que na sua maioria prestam e contratam serviços à margem da legislação chilena.