Privatização da saúde em curso
A célula do PCP no Hospital de Santa Maria acusa o Governo de prosseguir a mesma política dos executivos que o antecederam. Para os comunistas, algumas medidas pontuais «não anulam o seu alinhamento geral com a mesma política de direita, que nos últimos 29 anos, estes três partidos (PS, PSD e CDS) prosseguiram com os resultados desastrosos conhecidos, quem para os trabalhadores quem para o País». Apenas no que respeita à saúde, a célula do PCP acusa o Governo de manter as «famigeradas parcerias público-privadas para construção/exploração dos novos hospitais a construir»; de passar os 31 hospitais SA a hospitais EPE’s, anunciando a passagem para esta modalidade de mais 42 hospitais; de manter e aprofundar a ofensiva contra os direitos laborais dos trabalhadores da administração pública e de desferir um «violento ataque à política de comparticipação do medicamento», que provocará um agravamento de custos para os utentes do Serviço Nacional de Saúde que pode ascender a 170 ou 180 milhões por ano. Os comunistas consideram que o SNS contém potencialidades de renovação capazes de superar os seus graves e crónicos estrangulamentos que o poder político lhe foi impondo.