30.º aniversário da Editorial Caminho

Defender a língua portuguesa

A Caminho já conta com 30 anos de actividade editorial. Na passada semana, mais de uma centena de pessoas, entre eles escritores, tradutores e revisores, reuniram-se na sede da Editorial Caminho para comemorar os já 3185 livros publicados, entre novidades, reedições e encomendas, de 867 autores, dos quais dois terços são portugueses, com uma média de tiragem de cerca de 65 mil exemplares, a que corresponde a edição de vinte milhões e seiscentos mil livros. Desses 867 autores muitos foram também publicados no estrangeiro, contando-se já 48 os países de quatro continentes onde foram traduzidos.
Com 64 trabalhadores, todos efectivos, a Editorial Caminho publica ainda as revistas O Pro­fessor, a Ad­mi­nis­tração De­mo­crá­tica - Poder Local, a Vér­tice, a Fic­ções e a Ca­minho Fan­tás­tico; esta última, quadrimensal, distribuída gratuitamente aos quase 50 mil sócios do «Clube Caminho Fantástico» que nela colaboram dando-lhe uma dinâmica e actualidade surpreendentes, desde logo pelos muitos milhares de correspondências trocadas entre si pelos sócios e entre estes e o Clube.
A Editorial Caminho organiza ainda, anualmente, o concurso «Uma Aventura Literária», nas modalidades de crítica, texto livre, desenho e teatro, tendo no concurso deste ano interessado 9263 alunos de 466 escolas de todo o País.
Com mais três sites na Internet, e mais dois previstos para estarem disponíveis em 2006, que tiveram à volta de 430 mil visitas desde a sua criação em 2001, a Caminho, através do seu braço para a Venda Directa, a Caminho Divulgação, constituída em 2000, organiza anualmente cerca de mil feiras do livro em autarquias, associações de cultura e recreio e muito particularmente em escolas onde, com grande empenho, dedicação e sentido pedagógico, muitas vezes se deslocam os autores para falar e ouvir os alunos falar dos seus livros.

De­fesa da língua por­tu­guesa

«Porque nos pre­o­cupa a de­fesa da língua por­tu­guesa e a di­vul­gação da li­te­ra­tura es­crita em por­tu­guês, em De­zembro de 1995 cons­ti­tuímos no Ma­puto a Edi­to­rial Nd­jira, onde a Ca­minho é mai­o­ri­tária, que até ao pre­sente pu­blicou 96 tí­tulos, de 87 au­tores pri­o­ri­ta­ri­a­mente mo­çam­bi­canos, mas também por­tu­gueses e an­go­lanos», re­velou José Élio Su­cena, pre­si­dente do Con­selho de Ad­mi­nis­tração da Edi­to­rial Ca­minho, in­for­mando que, em 1999, «fun­dámos em Lu­anda a Edi­to­rial Nzila, que têm já no seu ca­tá­logo 146 tí­tulos pu­bli­cados, de 130 au­tores, também aqui na mai­oria an­go­lanos e os res­tantes mo­çam­bi­canos, por­tu­gueses e de ou­tros países es­tran­geiros de língua não por­tu­guesa. Acresce ainda o pro­to­colo de co­la­bo­ração edi­to­rial ce­le­brado com a Edi­to­rial Sta­lada, de São Tomé, e a óp­tima re­lação man­tida com a Edi­to­rial Ilhéu, de Cabo Verde, que já pro­por­ci­o­naram a pu­bli­cação de nove li­vros nos dois países».
«Com pre­sença nas áreas da ficção, po­esia, te­atro, fi­lo­sofia, di­reito, eco­nomia, ci­ência e téc­nica, bi­o­grafia e ál­buns, além de um vasto ca­tá­logo de li­te­ra­tura in­fanto-ju­venil, a Edi­to­rial Ca­minho pro­moveu con­cursos li­te­rá­rios para jo­vens es­cri­tores e nas áreas do livro po­li­cial e de ficção ci­en­ti­fica, tendo atri­buído 15 pré­mios», con­ti­nuou José Élio Su­cena, acres­cen­tando: «Além de 16 pré­mios atri­buídos ao con­junto da obra, au­tores da Ca­minho, por­tu­gueses ou es­tran­geiros que es­crevem em por­tu­guês, foram dis­tin­guidos em Por­tugal com 87 pré­mios dis­tri­buídos entre a li­te­ra­tura (40), po­esia (11), en­saio (15), te­atro (5), tra­dução (2), li­te­ra­tura in­fantil (8) e ilus­tração (6) e, no es­tran­geiro, com 17 pré­mios, dos quais na­tu­ral­mente so­bressai o Prémio Nobel da Li­te­ra­tura atri­buído a José Sa­ra­mago em 1998».

Em­penho e de­di­cação

Ainda se­gundo o pre­si­dente do Con­selho de Ad­mi­nis­tração da Edi­to­rial Ca­minho todo este pro­cesso de­corre, «é certo, o tra­balho, a com­pe­tência, a afa­bi­li­dade dos tra­ba­lha­dores da Ca­minho, de todos os tra­ba­lha­dores da Ca­minho, desde aqueles que estão na edi­tora há vinte ou há trinta anos, cujo o em­penho deve ser aqui lem­brado, mas também os mais novos, que com a ajuda da­queles se in­te­graram no es­pi­rito que pre­side ao nosso dia-a-dia que passa pela de­di­cação, brio pro­fis­si­onal, ima­gi­nação, dis­po­ni­bi­li­dade e cui­dada atenção ao tra­balho dos nossos au­tores».
José Élio Su­cena su­bli­nhou, também, «a qua­li­dade da­queles que op­taram por serem pu­bli­cados pela Edi­to­rial Ca­minho, cuja va­li­dade li­te­rária é in­ques­ti­o­nável e é pa­tente quer pelos pré­mios com que foram dis­tin­guidos, quer pelo nú­mero de edi­ções e exem­plares que foram sendo edi­tados dos seus li­vros».


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