O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, acusou o governo russo de ser o responsável pelos atentados que, na madrugada de segunda-feira, interromperam o abastecimento de gás natural durante o período mais frio no país.
Saakashvili sustentou que as explosões ocorridas nos gasodutos fronteiriços não podem ser imputadas a grupos armados da Ossétia do Norte, mas a Moscovo, principal interessado em pressionar a Geórgia em mais um conflito cujo centro é o fornecimento de gás natural.
O governo de Putin pretende que o executivo de Tiblisi ceda a exploração da rede doméstica de distribuição de gás natural, alegadamente como moeda de troca pela manutenção, por parte de Moscovo, dos preços anteriormente acordados. Saakashvili não parece disposto a desistir do braço de ferro, mas o facto de 25 por cento da energia consumida pela Geórgia ser gás natural importado da Rússia pode levar a um entendimento.