Pressa incompreensível
A Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP condena a pressa do Governo na implementação do cultivo de transgénicos, que penaliza os agricultores que não utilizam este tipo de culturas e não favorece as necessidades e características da agricultura portuguesa.
Quem directamente beneficia com a massificação da utilização de OGM são as grandes multinacionais da Engenharia Genética e da Biotecnologia, diz o PCP, pois são elas que em matéria de Organismos Geneticamente Modificados (OGM’s) operam estas tecnologias, detendo, por isso, o registo de patente do código genético resultante do produto manipulado. Entretanto, aumenta a dependência do agricultor – obrigado a adquirir anualmente as sementes – e a dependência da agricultura portuguesa em relação ao exterior e diminui a nossa soberania produtiva e alimentar.
O que se impõe «é a valorização e defesa das características da nossa agricultura e não a sua desfiguração», dizem os comunistas, que alertam ainda para a dificuldade de coexistência entre o cultivo de OGM’s e a agricultura convencional, pois, tendo em conta a experiência de outros países, pode ocorrer a migração de genes, nomeadamente através do pólen para as culturas circundantes, dela podendo resultar efeitos devastadores para uma agricultura debilitada como a nossa. «Particularmente grave» é, também, a possibilidade de contaminação e mesmo inviabilização das explorações de agricultura biológica, modo de produção «mais amigo do ambiente». Para além de se impõe salvaguardar os direitos destes agricultores.
Mais, a utilização de OGM’s está frequentemente associada à utilização intensiva de pesticidas e fertilizantes de carácter persistente e de lenta biodegradação, o que pode conduzir ao esgotamento da fertilidade dos solos.
Assim, num país e numa região já tão duramente penalizados pela Política Agrícola Comum (PAC), a implementação de OGM’s só constituiria um novo factor de agravamento da sua situação, diz a DORAL, que não entende também a falta de respeito do governo pelos municípios e regiões que se declarem livres de transgénicos, caso do Algarve e de alguns dos seus concelhos.
Quem directamente beneficia com a massificação da utilização de OGM são as grandes multinacionais da Engenharia Genética e da Biotecnologia, diz o PCP, pois são elas que em matéria de Organismos Geneticamente Modificados (OGM’s) operam estas tecnologias, detendo, por isso, o registo de patente do código genético resultante do produto manipulado. Entretanto, aumenta a dependência do agricultor – obrigado a adquirir anualmente as sementes – e a dependência da agricultura portuguesa em relação ao exterior e diminui a nossa soberania produtiva e alimentar.
O que se impõe «é a valorização e defesa das características da nossa agricultura e não a sua desfiguração», dizem os comunistas, que alertam ainda para a dificuldade de coexistência entre o cultivo de OGM’s e a agricultura convencional, pois, tendo em conta a experiência de outros países, pode ocorrer a migração de genes, nomeadamente através do pólen para as culturas circundantes, dela podendo resultar efeitos devastadores para uma agricultura debilitada como a nossa. «Particularmente grave» é, também, a possibilidade de contaminação e mesmo inviabilização das explorações de agricultura biológica, modo de produção «mais amigo do ambiente». Para além de se impõe salvaguardar os direitos destes agricultores.
Mais, a utilização de OGM’s está frequentemente associada à utilização intensiva de pesticidas e fertilizantes de carácter persistente e de lenta biodegradação, o que pode conduzir ao esgotamento da fertilidade dos solos.
Assim, num país e numa região já tão duramente penalizados pela Política Agrícola Comum (PAC), a implementação de OGM’s só constituiria um novo factor de agravamento da sua situação, diz a DORAL, que não entende também a falta de respeito do governo pelos municípios e regiões que se declarem livres de transgénicos, caso do Algarve e de alguns dos seus concelhos.