No sector rodoviário, «entre a remuneração base dos motoristas e os proventos efectivamente auferidos assinala-se uma diferença muito significativa», situação que põe em causa o futuro do sistema de Segurança Social destes trabalhadores, denunciou anteontem a Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos, Festru/CGTP-IN. Em comunicado, a federação lembra que, em 1999, foi criado um grupo de inspectores do trabalho que detectou «graves irregularidades» sobre esta matéria, mas «a IGT e a Segurança Social nada fizeram para resolver a situação». Assim, mantêm-se os incentivos pecuniários para evitar os respectivos descontos, através de uma prática que a Festru considera «incorrecta, ilegal e um factor que interfere nas condições de trabalho e de segurança».