Espionagem e fraudes nos EUA
O The New York Times denunciou, no final da semana passada, que a CIA levou a cabo, nos últimos cinco anos, um programa de espionagem de contas, transferências e movimentos bancários de cidadãos norte-americanos e estrangeiros, e de transações monetárias internacionais.
Em reacção à notícia avançada pelo New York Times, o responsável do Tesouro dos EUA, John Snow, acusou o matutino de «ser irresponsável» e de «colocar em causa a segurança dos norte-americanos» na «guerra ao terrorismo» ao denunciar o esquema de vigilância secreta, palavras duras sobretudo se considerarmos que alguns dos argumentos «justificativos» da política externa norte-americana são a «liberdade de expressão», inexistente, na bitola de Washington, em determinados países.
Acresce que, na mesma semana, o diário nova-iorquino publicou uma história onde se avalia criticamente a aplicação dos fundos destinados às vítimas dos furacões Katrina e Rita, trabalho jornalístico que também irritou substancialmente Bush e o seu staff.
Segundo aquela publicação, a fraude com as verbas canalizadas para as catástrofes ascendem a mais de dois mil milhões de dólares. Um quarto deste valor, apresenta como exemplo o jornal norte-americano, foi investido em casas «ambulantes» que nunca foram ocupadas pelas populações que ficaram sem tecto. Sem benefício para as vítimas foram igualmente gastos os mais de 400 mil dólares investidos numa base militar abandonada, no Alabama, onde supostamente seriam recolhidos alguns desalojados.
Enquanto tudo isto é denunciado, George W. Bush insiste com o Congresso para que aprove uma prerrogativa que lhe permita maior liberdade na hora de vetar projectos legislativas que o presidente considere lesivos aos interesses dos contribuintes. Bill Clinton exigiu e gozou desta mesma latitude de acção até que o Supremo Tribunal decretou a inconstitucionalidade da norma.
Em reacção à notícia avançada pelo New York Times, o responsável do Tesouro dos EUA, John Snow, acusou o matutino de «ser irresponsável» e de «colocar em causa a segurança dos norte-americanos» na «guerra ao terrorismo» ao denunciar o esquema de vigilância secreta, palavras duras sobretudo se considerarmos que alguns dos argumentos «justificativos» da política externa norte-americana são a «liberdade de expressão», inexistente, na bitola de Washington, em determinados países.
Acresce que, na mesma semana, o diário nova-iorquino publicou uma história onde se avalia criticamente a aplicação dos fundos destinados às vítimas dos furacões Katrina e Rita, trabalho jornalístico que também irritou substancialmente Bush e o seu staff.
Segundo aquela publicação, a fraude com as verbas canalizadas para as catástrofes ascendem a mais de dois mil milhões de dólares. Um quarto deste valor, apresenta como exemplo o jornal norte-americano, foi investido em casas «ambulantes» que nunca foram ocupadas pelas populações que ficaram sem tecto. Sem benefício para as vítimas foram igualmente gastos os mais de 400 mil dólares investidos numa base militar abandonada, no Alabama, onde supostamente seriam recolhidos alguns desalojados.
Enquanto tudo isto é denunciado, George W. Bush insiste com o Congresso para que aprove uma prerrogativa que lhe permita maior liberdade na hora de vetar projectos legislativas que o presidente considere lesivos aos interesses dos contribuintes. Bill Clinton exigiu e gozou desta mesma latitude de acção até que o Supremo Tribunal decretou a inconstitucionalidade da norma.