Subsistem fortes obstáculos ao retorno dos emigrantes, muitas vezes devidos à criação de raízes familiares nos países de acolhimento.
Noutros casos, é o próprio Governo português a retardar o regresso, como sucede com quem cumpriu o serviço militar obrigatório, mas não tem direito a que esse período conte para a reforma.
Apesar da distância que separa Portugal da grande maioria dos países onde residimos e trabalhamos, também na emigração se sente que o Partido vive um bom momento.
Eleito há vários anos para o Conselho das Comunidades Portuguesas e por duas vezes primeiro candidato da CDU em eleições legislativas, pelo círculo eleitoral da Europa, Manuel Beja admite que em Portugal se fala menos dos emigrantes.
Com a mais recente vaga de imigrantes, sentida em praticamente todos os cantos de Portugal, surgiram teorias a defender que o País deixou de ser um local de onde os portugueses saíam em busca de vida melhor, para passar a ser um pólo de atracção de trabalhadores da Europa de Leste, do Brasil ou de África. Escasseiam os números fiáveis sobre estas realidades, o que por si só comprova a falha das políticas de emigração e de imigração de sucessivos governos. Mas, como salientam militantes comunistas com actividade neste sector, continuam a sair do nosso país muitos milhares de portugueses, que procuram no estrangeiro alternativas aos baixos salários, à falta de emprego, à instabilidade que a situação económica do País e das empresas provoca nas suas famílias.