
- Nº 1710 (2006/09/7)
Os 85 anos do PCP
É possível ser mais forte!
Festa do Avante!
A reprodução de uma notícia sobre a fundação do Partido Comunista Português, a 6 de Março de 1921, era o primeiro dos 85 cartazes que assinalavam alguns dos momentos mais importantes da vida e luta do PCP. Colocados por ordem cronológica, estes cartazes iam assim mostrando aos visitantes um pouco da intensa luta e actividade do PCP, desde a interrupção do II Congresso em 1926, devido ao golpe fascista de 28 de Maio, até à eleição de Jerónimo de Sousa, no XVII Congresso, como secretário-geral do PCP.
Estávamos na exposição sobre os 85 anos do PCP, onde um enorme painel alusivo ao campo do Tarrafal, inaugurado há 70 anos, lembrava de forma eloquente o que fascismo era capaz de infligir aos que ousavam defender a liberdade para o seu povo: sacrifícios, sofrimento e morte. Não foi por acaso que o Tarrafal ficou conhecido como o «campo da morte lenta». Lá estava a célebre «frigideira» a confirmá-lo.
Mas... «apesar de todas as limitações e problemas, a realidade mostra que, num quadro político complexo, marcado por grandes dificuldades, é possível resistir e avançar – é possível um PCP mais forte», podia ler-se nesta exposição, onde existia uma zona específica, «Portugal precisa – PCP propõe», era reservada à denúncia da política de direita do Governo PS e às propostas do PCP. A adopção, no plano nacional e internacional, de medidas de combate à deslocação de actividades produtivas para fora do País; o combate às falências fraudulentas; a revogação de inúmeras normas do Código do Trabalho são algumas das propostas do PCP, de que o visitante podia ali tomar conhecimento.