<br>Solidários com Emir Sader
Decorre desde o início deste mês um abaixo-assinado de solidariedade com o professor e sociólogo brasileiro Emir Sader, recentemente condenado por um tribunal de São Paulo por alegadas injúrias, calúnia e difamação.
Em causa está um artigo publicado na página oficial da revista «Carta Maior» no qual Sader responde ao senador Jorge Bornhausen, autor da posterior queixa judicial. Bornhausen declarou que o Partido dos Trabalhadores do Brasil é «uma raça que deve ser extinta por 30 anos», afirmação que motivou a reacção escrita de Emir Sader.
O magistrado Rodrigo César Muller Valente determinou na sentença que Sader terá que «prestar serviços à comunidade ou entidade pública, pelo prazo de um ano, em jornadas semanais nunca inferiores a oito horas». Acresce que Rodrigo Valente obriga a Universidade de São Paulo a expulsar Sader dos seus quadros, na medida em que entende que «o réu abusou da condição de professor de uma universidade pública para praticar o crime, violando inequivocamente o dever com a administração pública».
No documento de repúdio pela deliberação judicial, os signatários sustentam que a decisão representa uma «total inversão de valores», um atentado contra a «liberdade de expressão» e uma acção cujo objectivo é «intimidar e criminalizar o pensamento crítico». Os promotores consideram ainda a sentença como «uma ameaça à autonomia universitária, a qual garante esta instituição como um espaço público de pensamento livre». «Ao impor uma condenação de prisão e perda de posto de trabalho adquirido por concurso público, está-se a fazer uma advertência a todos os que não se calam perante as injustiças», concluem.
Em causa está um artigo publicado na página oficial da revista «Carta Maior» no qual Sader responde ao senador Jorge Bornhausen, autor da posterior queixa judicial. Bornhausen declarou que o Partido dos Trabalhadores do Brasil é «uma raça que deve ser extinta por 30 anos», afirmação que motivou a reacção escrita de Emir Sader.
O magistrado Rodrigo César Muller Valente determinou na sentença que Sader terá que «prestar serviços à comunidade ou entidade pública, pelo prazo de um ano, em jornadas semanais nunca inferiores a oito horas». Acresce que Rodrigo Valente obriga a Universidade de São Paulo a expulsar Sader dos seus quadros, na medida em que entende que «o réu abusou da condição de professor de uma universidade pública para praticar o crime, violando inequivocamente o dever com a administração pública».
No documento de repúdio pela deliberação judicial, os signatários sustentam que a decisão representa uma «total inversão de valores», um atentado contra a «liberdade de expressão» e uma acção cujo objectivo é «intimidar e criminalizar o pensamento crítico». Os promotores consideram ainda a sentença como «uma ameaça à autonomia universitária, a qual garante esta instituição como um espaço público de pensamento livre». «Ao impor uma condenação de prisão e perda de posto de trabalho adquirido por concurso público, está-se a fazer uma advertência a todos os que não se calam perante as injustiças», concluem.