- Nº 1720 (2006/11/16)
Dimitris Kotsumbas,
do Partido Comunista da Grécia

Saudações aos combatentes

Em Foco

Queremos dirigir as saudações militantes dos comunistas gregos neste comício de solidariedade fraternal, com os povos que lutam contra o imperialismo com bandeiras, piquetes, a escrita ou mesmo com armas na mão. Ao lado de Cuba socialista, da Venezuela, da Bolívia, do povo do Líbano, da Palestina, do Iraque, da Síria, do Irão, de Chipre e de Timor-Leste.
Saudamos, especialmente, as recentes lutas significativas dos trabalhadores portugueses; a grande mobilização da CGTP-IN, de 12 de Outubro, os grevistas da Administração Pública e a futura mobilização de 25 de Novembro.
No nosso país, tal como no resto da Europa, os trabalhadores enfrentam uma ofensiva brutal contra os seus direitos, os salários, a Segurança Social, a saúde e as pensões. Uma política conjuntamente acordada e promovida pelos social-democratas e conservadores, bem como de outras forças integradas e ao serviço do sistema capitalista.
Recentemente, tiveram lugar grandes lutas pelo direito à educação. Professores universitários, outros professores e, acima de tudo, milhares de estudantes do ensino secundário, encheram as ruas, e não só se confrontaram com a intransigência e autoritarismo por parte do governo, como também com uma operação sem precedentes, orquestrada, e com o objectivo de ameaçar e denegrir a sua luta.
Os revezes que recaíram sobre os direitos sociais e a agressividade belicista e imperialista são acompanhados por graves medidas antidemocráticas e pela intensificação do anticomunismo. Difamam e caluniam o passado socialista num esforço de afastar o futuro socialista.
Mas sem nenhum êxito. O capitalismo não tem saída para a sua crise. Irá falhar, tal como o campo de concentração do Tarrafal falhou, em silenciar os comunistas e salvar o regime odioso fascista.
Não nos deveremos esquecer que foi recentemente que o mundo foi acordado pelo tiro de canhão do Aurora, quando o primeiro estado dos trabalhadores e dos camponeses abriu uma nova era histórica, a era de transição para o socialismo.
Não esqueçamos de acolher, no próximo ano, o 90.° aniversário da grande Revolução de Outubro, com uma campanha alargada dirigida à actualidade do socialismo, na necessidade de atingir o projecto mais nobre criado pelo homem, a abolição da exploração do homem pelo homem, que o socialismo encontrou no século XX.