Quero transmitir os calorosos cumprimentos do lutador povo libanês e o seu agradecimento pelo apoio internacional e pela solidariedade que vocês têm prestado durante as ultimas agressões bárbaras levadas a cabo pelos imperialistas israelitas e americanos. Esta solidariedade é a continuação das tradições internacionais do Partido Comunista Português, que esteve nas primeiras filas das forças revolucionárias, lutadoras e defensoras dos direitos dos povos, sua independência e liberdade. Por isso os nossos povos árabes, concretamente no Líbano, na Palestina, na Síria e no Iraque, não esquecem a posição sincera dos comunistas portugueses.
A alguns pode parecer que esta solidariedade resulta apenas num sentimento momentâneo, que desaparece com o passar do tempo. Mas podem acreditar que os lutadores dos nossos países, entre eles os comunistas, tornam esta solidariedade num incentivo acrescido para a sua luta, porque sentem que não estão sós no combate contra os planos imperialistas.
Por outro lado, nós temos consciência de que as nossas lutas estão relacionadas: cada vitória é uma vitória de todos, e cada derrota dificulta todos, porque o nosso inimigo é um: a globalização imperialista que pretende monopolizar as condições de vida na terra em prol de um punhado de magnatas. (…)
A última guerra criminosa contra o Líbano, a ocupação do Iraque e do Afeganistão ou os crimes diários contra o povo palestiniano demonstram que quando os povos se erguem em defesa dos seus direitos e liberdades, estes planos estão condenados ao fracasso; ainda mais quando esta luta é complementada pela solidariedade das forças da dignidade no mundo.
O plano americano na nossa região está a fracassar como é testemunhado pela demissão de uma das mais criminosas figuras da administração Bush – Rumsfeld. Estou confiante que toda a Administração Bush se afundará no mar da sua vergonha e isolamento.
Camaradas, os imperialistas festejaram o desmoronamento do campo socialista, mas todo o curso posterior confirmou que o capitalismo não era e não será o meio para resolver os problemas acumulados da humanidade. A Revolução de Outubro e as restantes revoluções popular-democráticas continuam a inspirar os povos do mundo que lutam por uma sociedade de justiça e igualdade. E hoje a América Latina dá-nos um exemplo sólido nesta direcção.
Todos nós estamos chamados a fortalecer a solidariedade recíproca e a luta conjunta para derrubar a feroz revanche do capital global. Devemos multiplicar esforços para obrigar os ocupantes americanos a abandonar o Iraque e também obrigar o ocupante israelita a sair dos territórios libaneses, sírios e palestinianos. Deveremos apoiar de todas as formas os povos na luta pela sua soberania. A humanidade tem que pôr termo ao vergonhoso bloqueio americano contra Cuba. Só juntos poderemos contrariar os planos imperialistas e vencer.