Trazer para a luta todos os trabalhadores
Jerónimo de Sousa jantou, dia 19, com duas centenas de activistas e dirigentes sindicais de Lisboa. O local não podia ser mais apropriado – A Voz do Operário, em Lisboa.
Os comunistas devem empenhar-se no êxito das acções de luta de 2 e 28 de Março
«Agora Sim!», lia-se no pano de fundo do palco da sala da histórica instituição A Voz do Operário na sexta-feira, dia 19. A campanha para o referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG) animava muitas das conversas entre comunistas – dirigentes, delegados e activistas sindicais. O tema, como é óbvio, esteve também presente na intervenção do secretário-geral comunista.
Mas o referendo não impediu o dirigente do PCP de apelar à luta contra o Governo do PS, que realiza uma política «de classe, uma política de direita». Para Jerónimo de Sousa, o PCP, «como grande colectivo partidário e, no concreto, como militantes comunistas que foram eleitos, trabalham, agem e lutam no movimento sindical, temos particulares responsabilidades em esclarecer, mobilizar e trazer para a luta todos aqueles que são fustigados por esta política».
O secretário-geral do Partido esclareceu: «não precisamos de inventar causas e objectivos – tão larga é a ofensiva». Como difícil não é, prosseguiu, a «aplicação concreta dos ensinamentos e lições da nossa história que demonstra que é a partir das questões concretas, dos problemas concretos, das aspirações justas dos trabalhadores que encontramos o ponto de partida, o alicerce mais sólido e seguro para avançar para o desenvolvimento da luta».
Jerónimo de Sousa considerou necessário «definir prioridades, admitindo que neste ou naquele sector há factores que mobilizam mais do que outros», Mas, prosseguiu, há que procurar que a sua potenciação e desenvolvimento vão no sentido da «convergência ou da confluência à escala de massas».
Concluindo, o secretário-geral do PCP destacou que a «dimensão e profundidade e a natureza da ofensiva coloca o movimento operário e sindical perante a necessidade de envolvimento de outras classes e camadas em processos de luta». Mas simultaneamente, destacou, se coloca o «papel motor da luta dos trabalhadores, ela em si mesmo factor dinâmico de atracção e ânimo de outros sectores para lutarem pelos seus anseios e interesses concretos».
Rechaçar os golpes que aí vêm
Após lembrar as poderosas lutas ocorridas no ano de 2006, Jerónimo de Sousa considerou que o período que se segue «coloca novas exigências porque o Governo persiste e persistirá na sua ofensiva». Assim, constatou, a «acção reivindicativa, a luta por melhores salários e direitos nas empresas e locais de trabalho, os processos de negociação da contratação colectiva são determinantes para barrar o caminho à ofensiva».
Entre os ataques futuros, o secretário-geral do PCP destacou a chamada «flexi-segurança», que tem surgido nas intervenções do Governo, do Presidente da República e dos porta-vozes do capital, «unidos a uma só voz». A «flexi-segurança», afirmou, não seria apenas uma alteração negativa na legislação laboral, não seria só «rasgar o artigo 53.º da Constituição da República». A mesma Constituição que o Presidente da República, acérrimo defensor desta medida, jurou «defender, cumprir e fazer cumprir».
A «flexi-segurança», realçou Jerónimo de Sousa, seria o regresso ao «poder absoluto e discricionário do capital nas empresas, seria o retrocesso secular das relações de trabalho e da organização dos trabalhadores».
Mas o referendo não impediu o dirigente do PCP de apelar à luta contra o Governo do PS, que realiza uma política «de classe, uma política de direita». Para Jerónimo de Sousa, o PCP, «como grande colectivo partidário e, no concreto, como militantes comunistas que foram eleitos, trabalham, agem e lutam no movimento sindical, temos particulares responsabilidades em esclarecer, mobilizar e trazer para a luta todos aqueles que são fustigados por esta política».
O secretário-geral do Partido esclareceu: «não precisamos de inventar causas e objectivos – tão larga é a ofensiva». Como difícil não é, prosseguiu, a «aplicação concreta dos ensinamentos e lições da nossa história que demonstra que é a partir das questões concretas, dos problemas concretos, das aspirações justas dos trabalhadores que encontramos o ponto de partida, o alicerce mais sólido e seguro para avançar para o desenvolvimento da luta».
Jerónimo de Sousa considerou necessário «definir prioridades, admitindo que neste ou naquele sector há factores que mobilizam mais do que outros», Mas, prosseguiu, há que procurar que a sua potenciação e desenvolvimento vão no sentido da «convergência ou da confluência à escala de massas».
Concluindo, o secretário-geral do PCP destacou que a «dimensão e profundidade e a natureza da ofensiva coloca o movimento operário e sindical perante a necessidade de envolvimento de outras classes e camadas em processos de luta». Mas simultaneamente, destacou, se coloca o «papel motor da luta dos trabalhadores, ela em si mesmo factor dinâmico de atracção e ânimo de outros sectores para lutarem pelos seus anseios e interesses concretos».
Rechaçar os golpes que aí vêm
Após lembrar as poderosas lutas ocorridas no ano de 2006, Jerónimo de Sousa considerou que o período que se segue «coloca novas exigências porque o Governo persiste e persistirá na sua ofensiva». Assim, constatou, a «acção reivindicativa, a luta por melhores salários e direitos nas empresas e locais de trabalho, os processos de negociação da contratação colectiva são determinantes para barrar o caminho à ofensiva».
Entre os ataques futuros, o secretário-geral do PCP destacou a chamada «flexi-segurança», que tem surgido nas intervenções do Governo, do Presidente da República e dos porta-vozes do capital, «unidos a uma só voz». A «flexi-segurança», afirmou, não seria apenas uma alteração negativa na legislação laboral, não seria só «rasgar o artigo 53.º da Constituição da República». A mesma Constituição que o Presidente da República, acérrimo defensor desta medida, jurou «defender, cumprir e fazer cumprir».
A «flexi-segurança», realçou Jerónimo de Sousa, seria o regresso ao «poder absoluto e discricionário do capital nas empresas, seria o retrocesso secular das relações de trabalho e da organização dos trabalhadores».