Resultado do referendo

Vitória da democracia

O Secretariado da Direcção Nacional da JCP congratulou-se com o a «expressiva vitória do “Sim”» no referendo à despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG). «Estes resultados são uma importante vitória democrática, uma afirmação dos valores progressistas, uma manifestação de tolerância e respeito pelas convicções de todos e de cada um e uma vitória das mulheres pelo direito à defesa da sua dignidade e saúde», afirma, em nota de imprensa.
Para a JCP, «esta vitória assume ainda maior relevância num quadro em que, comparativamente com o referendo de 1998, se verifica a redução da abstenção e o aumento de votos no “Sim”. Para esta vitória foi fundamental e decisivo o contributo da JCP e do PCP, recordando que, tal como em 1998, os votos no “Sim” são elevados nas zonas de nossa maior influência.»
A JCP sublinha o papel determinante da juventude nesta vitória, saudando o seu envolvimento na campanha e a sua «activa e consciente participação no acto eleitoral, tal como comprovam os resultados nas mesas de novos eleitores».
«A juventude portuguesa demonstrou também o repúdio pelas ideias retrógradas e obscurantistas promovidas pelos sectores mais reaccionários e conservadores que desenvolveram uma campanha vergonhosa e mistificadora, baseada em argumentos enganosos e de exploração de sentimentos de culpa, na procura da ocultação da realidade do aborto clandestino em Portugal e das suas consequências», considera a organização.
O Secretariado assinala que, «depois da figura do referendo ter sido utilizada como instrumento para a não resolução do problema do aborto clandestino, este resultado tem de ser respeitado e urge concretizar o processo legislativo. É inquestionável o poder e a competência da Assembleia da República nesta matéria, sendo este resultado mais uma confirmação da vontade do povo português de que este problema seja urgentemente resolvido na AR sem recurso a referendo, como sempre defendemos.»
Os jovens comunistas salientam que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez é uma bandeira de luta de hoje e de sempre dos comunistas portugueses, «pioneiros na defesa da dignidade e saúde das mulheres e na apresentação de propostas no sentido da efectiva implementação da educação sexual nas escolas, da defesa do direito a uma maternidade e paternidade responsável e consciente, e de uma sexualidade assumida e feliz. A JCP e o PCP têm também por isso todas as razões para se congratularem com esta vitória. A JCP apela à juventude portuguesa, para que, com redobrada confiança, prossiga e intensifique a luta pela efectivação da despenalização da IVG e pela defesa dos seus direitos, por um país mais justo, fraterno e livre.»


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