Quando se assiste a um decréscimo preocupante da taxa de natalidade a não renovação das gerações exige do poder político a tomada de medidas que permitam a inversão desta tendência. Foi o que aconteceu, na passada semana, com o Governo a apresentar medidas de promoção da natalidade.
No entanto, esta tomada de posição não se pode desligar-se do necessário enquadramento sócio-económico das famílias portuguesas.
«O baixo nível salarial, a precariedade laboral, o elevado nível de desemprego são condicionantes fundamentais na decisão da maternidade e paternidade», afirmou, em nota de imprensa, o Movimento Democrático de Mulheres.
«A tomada de medidas nesta matéria urge na medida em que as famílias que tenham rendimentos dignos e justos, relações laborais estáveis, poderão planear o momento e o número de filhos que desejam ter, sem os constrangimentos económicos e o degradado nível de vida hoje existentes para milhares de portuguesas e portugueses, principal causa do decréscimo da natalidade», sublinhou o movimento.