Novo governo adiado
Após dois meses sem resultados, o rei Alberto II suspendeu, na sexta-feira, 17, as negociações entre os partidos políticos flamengos e francófonos belgas para a formação de um novo governo. Em comunicado, a casa real justifica esta pausa com a necessidade de realizar consultas com as formações desavindas.
Desde meados de Junho que quatro partidos tentam constituir uma coligação de centro-direita, designada «Laranja Azul». São eles o partido liberal flamengo (VLD) e o seu homólogo francófono Movimento Reformador (MR), parceiros da coligação cessante, e as duas formações democratas-cristãs, a flamenga CDV e a francófona Centro Democrático Humanistas (CDH), na oposição desde 1999.
«Um dos pontos de divergência reside sobre o papel, o significado e o lugar do Estado», explicou Yves Leterme, líder dos democratas-cristãos flamengos vencedores das legislativas de Junho, que foi incumbido pelo monarca de formar governo.
No início da semana passada, Leterme apresentou uma lista com 80 reivindicações que vão desde a autonomia fiscal até à diferenciação regional do Código da Estrada.
Apesar do impasse nas negociações, o líder flamengo sublinhou que não irá abdicar da sua principal reivindicação que visa uma nova repartição dos poderes do governo central em benefício das três regiões do país, a Flandres, a Valónia e Bruxelas.
Para os francófonos esta «descentralização» de competências enfraqueceria de tal modo
o Estado central que poria em risco, a médio prazo, a própria existência da Bélgica. Por seu lado, exigem o alargamento da região de Bruxelas, onde são maioritários, à custa da Flandres, proposta que foi recebida como uma «provocação» pelos flamengos, que rejeitam qualquer tipo de cedência do seu território tradicional.
Desde meados de Junho que quatro partidos tentam constituir uma coligação de centro-direita, designada «Laranja Azul». São eles o partido liberal flamengo (VLD) e o seu homólogo francófono Movimento Reformador (MR), parceiros da coligação cessante, e as duas formações democratas-cristãs, a flamenga CDV e a francófona Centro Democrático Humanistas (CDH), na oposição desde 1999.
«Um dos pontos de divergência reside sobre o papel, o significado e o lugar do Estado», explicou Yves Leterme, líder dos democratas-cristãos flamengos vencedores das legislativas de Junho, que foi incumbido pelo monarca de formar governo.
No início da semana passada, Leterme apresentou uma lista com 80 reivindicações que vão desde a autonomia fiscal até à diferenciação regional do Código da Estrada.
Apesar do impasse nas negociações, o líder flamengo sublinhou que não irá abdicar da sua principal reivindicação que visa uma nova repartição dos poderes do governo central em benefício das três regiões do país, a Flandres, a Valónia e Bruxelas.
Para os francófonos esta «descentralização» de competências enfraqueceria de tal modo
o Estado central que poria em risco, a médio prazo, a própria existência da Bélgica. Por seu lado, exigem o alargamento da região de Bruxelas, onde são maioritários, à custa da Flandres, proposta que foi recebida como uma «provocação» pelos flamengos, que rejeitam qualquer tipo de cedência do seu território tradicional.