Correios britânicos

Luta endurece

Em luta há vários meses pela revalorização salarial e contra plano de «modernização» apresentado pela administração, os trabalhadores da Royal Mail iniciaram um movimento de protesto que incluiu duas paralisações de 48 horas.
A primeira realizou-se na quinta e sexta-feiras, dias 4 e 5, seguindo-se outra paragem por igual período, na segunda e terça-feiras. Estas jornadas foram convocadas pelo principal sindicato do sector, o Communications Workers Union (CWU) que conta cerca de 130 mil filiados nos correios britânicos.
Esta estrutura anunciou ainda uma série de novas greves suplementares para as próximas semanas que ameaçam perturbar grave e duradoiramente o serviço postal em todo o país
A própria administração da Royal Mail advertiu no seu site Internet que, devido às duas greves consecutivas de 48 horas, todo o correio deveria ficar interrompido até ontem, quarta-feira, prometendo uma normalização do serviço só daqui a vários dias.
Desde o passado mês de Junho, o CWU já convocou quatro greves nacionais, reivindicando a equiparação dos salários à média nacional num prazo de cinco anos, o que pressupõe um aumento global de 27 por cento.
Em simultâneo o CWU contesta o plano de «modernização», concebido pela administração e o governo trabalhista, o qual prevê o encerramento de 2 500 das 14 700 estações de correio actualmente existentes e a transferência de vários serviços para a cadeia privada de distribuição WH Smith.
O sindicato calcula que esta «modernização» irá custar mais de 40 mil postos de trabalho, depois de, nos últimos cinco anos, já terem desaparecido 45 mil efectivos. A Royal Mail emprega hoje cerca de 200 mil trabalhadores.


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