
- Nº 1767 (2007/10/11)
Governo menospreza população
A luta dos utentes de saúde
Nacional
Vários estabelecimentos e unidades de saúde do Porto foram palco, nos dias 21 e 22 de Setembro, de dezenas de acções integradas na Jornada Nacional de Luta em Defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em comunicado, o Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde da Póvoa e de Vila do Conde condenou o encerramento das urgências do Hospital de Vila do Conde e denunciou a existência de 20 mil utentes sem médico de família na Póvoa e 12 mil em Vila do Conde. Exigiu ainda a construção de um novo hospital que sirva os dois concelhos.
O Movimento Cívico em Defesa do SNS distribuiu um documento à população de Matosinhos nas feiras de Custódias e Senhora da Hora, onde condenou o encerramento da urgência pediátrica do Hospital Pedro Hispano. Denunciou também a canalização para clínicas privadas de 22 mil dos 39 mil utentes do Centro de Saúde de Custódias.
Já a Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP reivindicou a construção urgente de novas extensões de saúde em S. Martinho do Campo e Areias e a construção de um edifício que permita ao Hospital de Santo Tirso ter todas as valências.
Durante os dois dias de luta, o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Norte, à porta do Hospital de S. João, denunciou os lucros dos hospitais EPE que aumentam à custa dos direitos dos trabalhadores e da perda da qualidade nos cuidados de saúde prestados aos utentes.
Por seu lado, a CDU, em Vila Nova de Gaia, informou a população que votou contra a construção do novo hospital privado na Avenida da República.
No dia 22, um grupo de utentes entregou à Direcção do Centro de Saúde Boa Nova, em Gaia, um abaixo-assinado, subscrito por 800 pessoas, exigindo a reposição de médico de família para a Extensão de Saúde de Madalena.
Na Região de Vale do Sousa e Baixo Tâmega, o Movimento Cívico em Defesa do SNS desenvolveu várias acções, nomeadamente no Hospital Padre Américo e no Hospital de São Gonçalo.