
- Nº 1779 (2008/01/3)
Em Ovar
PCP homenageia Moisés Lamarão
PCP
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP promoveu, no dia, uma romagem à campa de Moisés Lamarão, um dos mais destacados militantes da região, por ocasião do seu 96.º aniversário. Juntaram-se à evocação dezenas de militantes do Partido, para além de familiares e amigos do homenageado.
Em nome da Comissão Concelhia, Miguel Viegas afirmou que recordar a vida de Moisés Lamarão é «honrar a história de um Partido construído por muitas gerações que comunistas que deram o melhor de si e, em muitos casos, a própria vida, em prol da liberdade, da democracia e do socialismo».
Para o dirigente local do Partido, «o exemplo de Moisés, como parte desta construção colectiva que foi, é e será sempre o PCP, dá-nos força e alento para continuarmos a luta. Saibamos nós ser dignos deste exemplo, reforçando o PCP e continuando esta longa marcha rumo ao socialismo e ao comunismo». O seu papel na organização clandestina do PCP em Ovar e, posteriormente, na sua consolidação como grande Partido de massas a seguir à revolução de Abril é hoje «reconhecido por todos», garantiu.
Antes, já Manuel Duarte tinha realçado alguns aspectos biográficos de Moisés Lamarão. Nascido a 23 de Dezembro de 1911, aderiu ao Partido em 1929. Esteve preso entre 1936 e 1940, passando pelas cadeias do Aljube e Angra do Heroísmo. Em 1940, organizou o primeiro Comité Local de Ovar do Partido, juntamente com outros camaradas. Em Dezembro de 1943, é novamente preso, tendo sido condenado a 4 anos de prisão.
Activista do Movimento de Unidade Democrática, MUD, em 1946, Moisés Lamarão organiza o segundo Comité Local de Ovar. Preso em Abril de 1947, fica privado de liberdade sem culpa formada até Fevereiro de 1951.
Em Julho de 1974, Moisés Lamarão integrava a Comissão Concelhia de Ovar que inaugurou o Centro de Trabalho. Como funcionário da Câmara Municipal, fez parte da Comissão de Trabalhadores, onde granjeou grande prestígio e admiração por parte dos colegas. No Centro de Trabalho de Ovar, recentemente remodelado, o seu retrato pontifica no átrio.