Basta de injustiças
Num comício realizado em Coimbra no dia 28 de Fevereiro, Jerónimo de Sousa acusou José Sócrates de manipular os dados sobre a situação do País.
O Governo tenta manipular as estatísticas a seu favor
Perante cerca de 250 pessoas, o secretário-geral do PCP afirmou que o País de que fala o primeiro-ministro «não existe». É que, ao contrário do que afirma José Sócrates, «não só a vida dos portugueses está pior como crescem as injustiças», realçou Jerónimo de Sousa.
No seu «balanço ao país da fantasia», o primeiro-ministro tem valorizado um suposto crescimento económico e o decréscimo do desemprego, afirmou o secretário-geral do PCP. Mas, prosseguiu, o governante «escolheu um mau momento para balanços». E o desmentido viria de onde menos se esperava. O Instituto Nacional de Estatística, o Banco de Portugal e a Comissão Europeia convidaram José Sócrates a «regressar à terra e ao País real».
Para Jerónimo de Sousa, «mal tinha acabado a sua celestial dissertação sobre a modernidade nas Novas Fronteiras e já o INE vinha confirmar o que Sócrates há muito sabia e esconde: a taxa real de desemprego (com sub-emprego e inactivos disponíveis) passou de 10,3 em 2006 para 10,5 por cento em 2007». E mais, prosseguiu: «José Sócrates continua a fazer de conta que não vê as exportações a cair, o consumo a cair e o crescimento ainda anémico a derrapar.»
Também as suas propaladas «preocupações sociais» do primeiro-ministro caíram por terra, acusou Jerónimo de Sousa. O relatório da Comissão Europeia sobre pobreza infantil revela que um quinto das crianças portuguesas se encontra em risco de pobreza e que «a situação piorou desde o último relatório, de 2004».
Assim, nesta semana de balanços, «as boas notícias foram só para os mesmos do costume: os lucros da banca continuam a crescer sem parar».
O secretário-geral do PCP contestou ainda a política educativa do Governo e contestou se o regresso do «velho director» nomeado é também uma das «marcas de modernidade» do Governo do PS. Assim como o ataque à escola pública e aos professores. Certo é que esta «modernidade do neoliberalismo dominante teve aqui, em Coimbra, o vivo repúdio dos professores».
Um distrito mais pobre
Antes de Jerónimo de Sousa intervir, Vladimiro Vale, do Comité Central, tinha já denunciado a «continuada degradação» económica e social do distrito. Tal facto deve-se, precisou, a uma galopante destruição do aparelho produtivo e do aumento da exploração.
O responsável pela Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP lembrou a situação da empresa Ceres, «uma empresa histórica do sector cerâmico no distrito. Com 200 trabalhadores, tem clientes, encomendas, património e a estrutura «pronta a começar a produzir». Mas, apesar disso, continua parada.
Vladimiro Vale acusou o Governo de insensibilidade para o problema da Ceres e dos seus trabalhadores, com a própria Segurança Social a bloquear a viabilização da empresa. Só após várias acções de luta dos trabalhadores e de denúncia do PCP foi desbloqueado o problema. «Mas, com isto tudo, perdeu-se meio ano», afirmou.
Outro exemplo é a fábrica de vacinas de Condeixa, que mereceu a deslocação de três ministros do Governo a Condeixa-a-Nova, «para falar do Plano Tecnológico e de anunciar mais milhões e mais benefícios fiscais». Passado um ano, não há instalações da empresa nem se sabe o que é feito das vacinas. «Nem se os milhões não ficaram por lá», realçou.
No seu «balanço ao país da fantasia», o primeiro-ministro tem valorizado um suposto crescimento económico e o decréscimo do desemprego, afirmou o secretário-geral do PCP. Mas, prosseguiu, o governante «escolheu um mau momento para balanços». E o desmentido viria de onde menos se esperava. O Instituto Nacional de Estatística, o Banco de Portugal e a Comissão Europeia convidaram José Sócrates a «regressar à terra e ao País real».
Para Jerónimo de Sousa, «mal tinha acabado a sua celestial dissertação sobre a modernidade nas Novas Fronteiras e já o INE vinha confirmar o que Sócrates há muito sabia e esconde: a taxa real de desemprego (com sub-emprego e inactivos disponíveis) passou de 10,3 em 2006 para 10,5 por cento em 2007». E mais, prosseguiu: «José Sócrates continua a fazer de conta que não vê as exportações a cair, o consumo a cair e o crescimento ainda anémico a derrapar.»
Também as suas propaladas «preocupações sociais» do primeiro-ministro caíram por terra, acusou Jerónimo de Sousa. O relatório da Comissão Europeia sobre pobreza infantil revela que um quinto das crianças portuguesas se encontra em risco de pobreza e que «a situação piorou desde o último relatório, de 2004».
Assim, nesta semana de balanços, «as boas notícias foram só para os mesmos do costume: os lucros da banca continuam a crescer sem parar».
O secretário-geral do PCP contestou ainda a política educativa do Governo e contestou se o regresso do «velho director» nomeado é também uma das «marcas de modernidade» do Governo do PS. Assim como o ataque à escola pública e aos professores. Certo é que esta «modernidade do neoliberalismo dominante teve aqui, em Coimbra, o vivo repúdio dos professores».
Um distrito mais pobre
Antes de Jerónimo de Sousa intervir, Vladimiro Vale, do Comité Central, tinha já denunciado a «continuada degradação» económica e social do distrito. Tal facto deve-se, precisou, a uma galopante destruição do aparelho produtivo e do aumento da exploração.
O responsável pela Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP lembrou a situação da empresa Ceres, «uma empresa histórica do sector cerâmico no distrito. Com 200 trabalhadores, tem clientes, encomendas, património e a estrutura «pronta a começar a produzir». Mas, apesar disso, continua parada.
Vladimiro Vale acusou o Governo de insensibilidade para o problema da Ceres e dos seus trabalhadores, com a própria Segurança Social a bloquear a viabilização da empresa. Só após várias acções de luta dos trabalhadores e de denúncia do PCP foi desbloqueado o problema. «Mas, com isto tudo, perdeu-se meio ano», afirmou.
Outro exemplo é a fábrica de vacinas de Condeixa, que mereceu a deslocação de três ministros do Governo a Condeixa-a-Nova, «para falar do Plano Tecnológico e de anunciar mais milhões e mais benefícios fiscais». Passado um ano, não há instalações da empresa nem se sabe o que é feito das vacinas. «Nem se os milhões não ficaram por lá», realçou.