
- Nº 1792 (2008/04/3)
Repressão da Força Aérea
Trabalhadores
Por ter divulgado na Internet a «gravíssima situação» no Hospital da Força Aérea Portuguesa, devida ao deficiente atendimento dos militares utentes daquele estabelecimento, com fotografias das longas listas de espera para consultas, um coronel da Força Aérea, Luís Alves Fraga, reformado há vários anos, viu o Chefe do Estado-maior da FAP instaurar-lhe um processo disciplinar. Num comunicado de dia 29, a Comissão de Militares, COMIL, sublinha que «a onda repressiva continua», sendo esta «uma decisão inédita», e acusa a chefia militar de optar «por atitudes que são atentatórias dos mais elementares direitos de cidadania consagrados na Constituição», com o argumento de que aquela tomada de posição punha em causa a «coesão e disciplina na FAP». «O Governo e os seus agentes no interior das Forças Armadas continuam a optar pela repressão, mesmo sobre aqueles que estão na posse de todos os seus direitos constitucionais», acusou a COMIL.