A Comissão Concelhia de Torres Vedras do PCP solidariza-se com Pedro Jorge, o delegado sindical da Cerâmica Torreense, a quem foi instaurado um processo disciplinar com vista ao despedimento. Como o Avante! tem vindo a noticiar, o referido processo surgiu após a participação do jovem sindicalista no programa televisivo Prós e Contras, da RTP, onde referiu, dando o seu exemplo concreto, as dificuldades sentidas por um jovem casal face ao aumento das despesas com empréstimos para compra de casa e outros bens e serviços essenciais.
Na ocasião, Pedro Jorge, operário electricista naquela empresa, afirmou que não é aumentado desde 2003 e que a crise é sempre paga pelos trabalhadores e nunca pelo patronato. Ora isto é tudo verdade, afirma a Comissão Concelhia do PCP. Vários trabalhadores da empresa não são aumentados desde 2003 ou apenas o foram devido aos aumentos do salário mínimo nacional.
Mas é também verdade que muitos fazem «muito mais que 8 horas diárias», ou ainda que vários «almoçam às 9h30 ou às 10h30 da manhã». Ainda houve os que emigraram, salientam os comunistas.
Para o PCP, o que a empresa quer é «eliminar da empresa um dirigente sindical, comunista, alguém que resiste e é corajoso, que defende a sua classe, que defende os trabalhadores». «É isto que incomoda o patrão, que quer explorar sem resistências e sem obstáculos.»