Desintoxicação
Para o Governo Sócrates a mistificação e a desinformação são duas formas privilegiadas de acção política. Como o são o rasgar de promessas eleitorais e o renegar de posições anteriormente tomadas. Há dias o inenarrável José Lello, confrontado com a contradição entre aquilo que o PS agora pretende impor na revisão da legislação laboral e aquilo que afirmou combater no Código Bagão Félix, justificou candidamente que na altura não era José Sócrates o Secretário-Geral. Assim vai o PS: não tem princípios, tem Secretários-Gerais.
A dificuldade com que se vem crescentemente defrontando é que há quem sinta na pele, há quem tenha memória, e entre essas pessoas há muitos anteriores votantes PS. Daí que se venha intensificando a acção de propaganda do Governo, que a prepotência e a arrogância despótica bem recentes (e bem vivas) tentem disfarçar-se de «diálogo» e de «concertação», que se tenha apertado ainda mais o intolerável silenciamento e a discriminação mediática em relação ao PCP.
O problema também começa a ser, ao que parece, interno. O semanário “Sol” tem uma elucidativa notícia acerca da matéria. O PS realiza uma série de iniciativas internas para «combater a intoxicação» que «os partidos de esquerda (leia-se: o PCP) estão a fazer a propósito da legislação laboral».
Não há muito tempo foi informado publicamente o esforço para desintoxicar os professores socialistas. Teve pouco sucesso: foi seguido de uma grandiosa manifestação de mais de 100 mil professores contra as políticas do Governo. Nela participaram certamente muitos votantes PS, grande parte dos quais provavelmente não cairá noutra.
A nova ronda de desintoxicações antecede a jornada de Protesto Nacional convocada pela CGTP para o próximo dia 5 de Junho. Tudo leva a crer que vai tratar-se de uma muito grandiosa e combativa jornada de luta, e irá com toda a certeza mobilizar centenas de milhar de trabalhadores, entre os quais muitos eleitores que o PS enganou.
Pode ser que Sócrates tenha que parafrasear, actualizando-o, um antigo slogan do seu partido: «Quanto mais a luta aquece, mais nervoso anda o PS».
A dificuldade com que se vem crescentemente defrontando é que há quem sinta na pele, há quem tenha memória, e entre essas pessoas há muitos anteriores votantes PS. Daí que se venha intensificando a acção de propaganda do Governo, que a prepotência e a arrogância despótica bem recentes (e bem vivas) tentem disfarçar-se de «diálogo» e de «concertação», que se tenha apertado ainda mais o intolerável silenciamento e a discriminação mediática em relação ao PCP.
O problema também começa a ser, ao que parece, interno. O semanário “Sol” tem uma elucidativa notícia acerca da matéria. O PS realiza uma série de iniciativas internas para «combater a intoxicação» que «os partidos de esquerda (leia-se: o PCP) estão a fazer a propósito da legislação laboral».
Não há muito tempo foi informado publicamente o esforço para desintoxicar os professores socialistas. Teve pouco sucesso: foi seguido de uma grandiosa manifestação de mais de 100 mil professores contra as políticas do Governo. Nela participaram certamente muitos votantes PS, grande parte dos quais provavelmente não cairá noutra.
A nova ronda de desintoxicações antecede a jornada de Protesto Nacional convocada pela CGTP para o próximo dia 5 de Junho. Tudo leva a crer que vai tratar-se de uma muito grandiosa e combativa jornada de luta, e irá com toda a certeza mobilizar centenas de milhar de trabalhadores, entre os quais muitos eleitores que o PS enganou.
Pode ser que Sócrates tenha que parafrasear, actualizando-o, um antigo slogan do seu partido: «Quanto mais a luta aquece, mais nervoso anda o PS».