Melhorar as condições da população do Faial

Com o objectivo de desmascarar as tentativas de «apagamento», por parte do PSD, do papel que a CDU e os seus autarcas desempenham, desde Outubro de 2005, na gestão autárquica do concelho da Horta, os eleitos do PCP lembraram, em nota de imprensa, que a sua participação resulta da vontade expressa pelo eleitorado, que tendo atribuído três mandatos ao PS (incluindo a presidência, por ser o partido mais votado), dois ao PSD e dois à CDU, implicava o entendimento entre os dois partidos, sob a pena da Câmara Municipal se tornar ingovernável.
«Entenderam o PS e a CDU, após conversações sérias e claras, firmarem um acordo pós-eleitoral, assinado pelos respectivos responsáveis políticos», esclarecem os eleitos comunistas, acrescentando: «Entendeu o PSD estar numa posição que, se pudesse inviabilizaria o funcionamento da autarquia. Fê-lo a sondar a CDU, para que na Assembleia Municipal, com a composição da altura, constituir um acordo que permitisse a não aprovação dos documentos que fossem fundamentais para a gestão da Câmara da Horta».
«É obvio e lógico que continuam questões por resolver no entendimento entre a CDU e o PS», salientam os eleitos do PCP, defendendo que no plano autárquico «a Câmara deve ter um papel dirigente, uma intervenção participativa na sociedade e uma actuação que se paute pelo espírito democrático da gestão eficaz e que permita a criação já em curso e a criar das infraestruturas básicas e das estruturas que permitam que os faialenses usufruam de melhor nível de vida e de bem-estar individual e colectivo».
Entretanto, embora exista um acordo pré-eleitoral firmado com o PS, a CDU recorda que «tal acordo» não impede, à excepção das matérias escritas e assinadas, «que se expressem livremente opiniões sobre diferentes matérias, quer na área da governação regional, nacional ou autárquica.

Agro-pecuária e pescas

Relativamente à Ilha do Faial, a CDU entende, em termos económicos, que a agro-pecuária e as pescas deverão ser as grandes áreas da economia, «pela riqueza, trabalho e emprego que geram a montante e a jusante, mas igualmente pela margem de crescimento que têm».
«O incremento do turismo é um objectivo importante, mas não constitui o objectivo estratégico principal, mais a mais, num momento de crise económica e social – em que se pode aguardar, com cautela, algum refluxo nesta área», defendem os eleitos do PCP, que, entre muitos outros problemas, estão preocupados com a «alta do custo de vida», a «dificuldade do primeiro emprego», o «emprego precário e sem regras de protecção», o «desemprego puro e simples que atinge jovens com maior ou menos qualificação profissional», «com as baixas reformas e pensões» e, como não poderia deixar de ser, com o crescimento dos «pobres e carenciados».
«Não entender ou questionar o desenvolvimento sem a vertente social, sem as pessoas enquanto seres humanos, constitui o pecado capital das políticas liberais e ultraliberais que têm aprofundado e conduzido à chamada crise», acusam os comunistas.


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