Após seis anos de promessas adiadas, o presidente da Câmara de Coruche apresentou uma proposta para a aquisição de uma parcela de terreno com cerca de 48 hectares destinado à ampliação da Zona Industrial do Monte da Barca.
Este terreno, que a autarquia pretende adquirir através de expropriação (cuja utilidade pública já foi aprovada pela Câmara», é parte da Herdade do Monte da Barca, propriedade dos «Salesianos».
«2009 é ano de eleições e é preciso apresentar obra, ainda que para isso se assumam encargos desproporcionados», alerta a CDU, informando que o valor a pagar pela expropriação da parcela de terreno é de 624 mil euros.
Na reunião da Assembleia Municipal, o presidente da autarquia (PS) anunciou, entretanto, que aquele valor, com o qual concorda, foi calculado por um avaliador do Tribunal da Relação.
«Porém o referido “perito” para chegar ao valor do terreno partiu do pressuposto que, nos cerca de 20 hectares de sequeiro do total de 48 hectares que tem a parcela, uma ceara de aveia daria uma produção de 20 mil quilos por hectare (20 toneladas)», relatam os comunistas, acentuando que «nem no Vale do Sorraia, nem em qualquer parte do mundo, uma seara de aveia produziu ou produz 20 mil quilos por hectare». «Esta simples alteração de parâmetros de cálculo inflaciona o valor do terreno em 126 mil euros», acrescentam.