A noticiada insuficiência de comboios – que associada a atrasos no desenvolvimento e modernização das linhas – não permite à CP corresponder à procura dos serviços ferroviários de longo curso é, na opinião da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP, «consequência directa do estado de inactivação em que se encontra a Sorefame na Amadora e do desperdício inaceitável de meios, instalações e trabalhadores altamente qualificados» daquela empresa».
De facto, apesar das promessas e compromissos do Governo PS e da Câmara da Amadora – que garantiam a manutenção da capacidade de produção de material circulante, nomeadamente através da EMEF –, passados cerca de quatro anos, a empresa continua parada, com todo o prejuízo que daí advém para o País. Aliás, também o atraso na modernização e desenvolvimento das linhas é uma consequência da política deste Governo, que continua a não ver a importância de possuir uma rede ferroviária ao serviço das populações e do desenvolvimento económico do País, acusa o PCP, solidarizando-se com os trabalhadores da Sorefame na exigência e luta pela retoma de actividade da empresa.