Um distrito a negro
A Direcção da Organização Regional de Viseu do PCP, reunida no passado dia 5, analisou a situação política e social do distrito, que continua a agravar-se.
De facto, fruto do encerramento de inúmeras empresas (Jonshon, Malhacila, Anjal, Mecoin, Peter Pan, Basmad, entre outras), o desemprego tem vindo a aumentar no distrito, atingindo o valor médio de 10%, muito acima dos valores nacionais. E a situação só não é mais calamitosa porque a emigração se faz sentir de novo com força, sobretudo nos concelhos do Norte (Cinfães, Resende, Armamar e outros), onde mais de um terço da mão-de-obra activa está em Espanha e noutros países da Europa.
O pequeno comércio é outro sector atingido pela crise, dado o baixo poder de compra da população e a proliferação de grandes superfícies comerciais (mais de 10 só no último ano em Viseu e concelhos vizinhos), que, segundo a Associação Comercial de Viseu, vão levar à falência mais de 30% das empresas. Mas a situação não é melhor na agricultura, onde se fazem sentir os efeitos negativos da PAC, o brutal aumento dos factores de produção, a persistência de preços não compensadores para os produtos agrícolas e enormes dificuldades para o seu escoamento.
A par disto, assiste-se à crescente ruína dos pequenos produtores vitivinícolas e Adegas Cooperativas – desapareceram já a de Cinfães e Tondela e a de Lafões está em extrema dificuldade – e à concentração capitalista da produção vinícola em empresas multinacionais, enquanto no sector das frutas, o Governo continua a não apoiar o projecto para a construção de uma unidade de transformação da maçã de refugo em Moimenta da Beira, que faria aumentar significativamente o rendimento dos agricultores.
Por fim, o Matadouro de Viseu continua por construir, com todos os prejuízos daí resultantes para o sector pecuário, e o Governo prepara leis que visam a privatização das matas nacionais e ameaçam a gestão democrática dos baldios pelos compartes. Ou seja, o PS fala de um «distrito a cores», mas cores que só ele vê, ironiza o PCP.
De facto, fruto do encerramento de inúmeras empresas (Jonshon, Malhacila, Anjal, Mecoin, Peter Pan, Basmad, entre outras), o desemprego tem vindo a aumentar no distrito, atingindo o valor médio de 10%, muito acima dos valores nacionais. E a situação só não é mais calamitosa porque a emigração se faz sentir de novo com força, sobretudo nos concelhos do Norte (Cinfães, Resende, Armamar e outros), onde mais de um terço da mão-de-obra activa está em Espanha e noutros países da Europa.
O pequeno comércio é outro sector atingido pela crise, dado o baixo poder de compra da população e a proliferação de grandes superfícies comerciais (mais de 10 só no último ano em Viseu e concelhos vizinhos), que, segundo a Associação Comercial de Viseu, vão levar à falência mais de 30% das empresas. Mas a situação não é melhor na agricultura, onde se fazem sentir os efeitos negativos da PAC, o brutal aumento dos factores de produção, a persistência de preços não compensadores para os produtos agrícolas e enormes dificuldades para o seu escoamento.
A par disto, assiste-se à crescente ruína dos pequenos produtores vitivinícolas e Adegas Cooperativas – desapareceram já a de Cinfães e Tondela e a de Lafões está em extrema dificuldade – e à concentração capitalista da produção vinícola em empresas multinacionais, enquanto no sector das frutas, o Governo continua a não apoiar o projecto para a construção de uma unidade de transformação da maçã de refugo em Moimenta da Beira, que faria aumentar significativamente o rendimento dos agricultores.
Por fim, o Matadouro de Viseu continua por construir, com todos os prejuízos daí resultantes para o sector pecuário, e o Governo prepara leis que visam a privatização das matas nacionais e ameaçam a gestão democrática dos baldios pelos compartes. Ou seja, o PS fala de um «distrito a cores», mas cores que só ele vê, ironiza o PCP.