Vale tudo na campanha do PS
Também no Alentejo intensifica-se a campanha do PS visando ludibriar a opinião pública e desse modo tentar manter-se no poder apesar das desastrosas políticas destes quatros anos.
No Alentejo, o PS já começou a governamentalizar as campanhas eleitorais
Cheques de empresas oferecidos por ministros, intervenção directa de governadores civis na vida partidária, propaganda de obras que ainda não começaram, visitas promocionais de governantes, colocação de candidatos do PS em altos cargos de empresas públicas, manipulação de estatísticas do desemprego, pressões sobre trabalhadores precários, ataques à comunicação social – vale tudo para o partido de José Sócrates.
O episódio foi noticiado: o ministro da Economia, numa operação coordenada pelo governador civil de Beja, deslocou-se à vila alentejana de Aljustrel, para oferecer à direcção do clube desportivo local – do qual o presidente, «por acaso», é o candidato do PS ao município – um cheque de 5 mil euros... da EDP. Tudo testemunhado por uma equipa da RTP previamente convocada por assessores ministeriais. Ora, sem contar com o despudorado envolvimento de figuras e meios do Estado numa campanha partidária, ainda que camuflada, é inaceitável que um governo decente deixe impune a «contribuição» de uma empresa a um clube através de um ministro. Quanto à participação do governador civil de Beja directamente na campanha do PS, é habitual, com total impunidade: já depois disso, assistiu a uma conferência de imprensa de um candidato «socialista» em Beja.
Outro exemplo da publicidade enganosa a que recorre o Governo PS tem a ver com o futuro Itinerário Principal n.º 8, ligando Sines, no litoral, a Vila Verde de Ficalho (Serpa), na fronteira, uma via recorrentemente prometida em períodos eleitorais. O primeiro-ministro, depois de muitos projectos e estudos, deslocou-se a Beja, montou uma tenda luxuosa e revelou que o IP8, no quadro da Concessão Baixo Alentejo, iria avançar, mas somente entre Sines e Beja, e com portagens.
Meses mais tarde, em Sines, voltou a garantir a adjudicação da estrada «para breve». Já este ano, fez uma deslocação-relâmpago a Ferreira do Alentejo, e, noutra tenda, formalizou a adjudicação da concessão, que inclui meio IP8 rebaptizado de A26. Nos dias seguintes, um ministro e um secretário de Estado estiveram em Sines, Santiago do Cacém, Beja e Évora a anunciar uma vez mais o IP8 e a Concessão Baixo Alentejo, cuja adjudicação – soube-se entretanto – implicou a entrega à Estradas de Portugal, pelo concessionário, de avultada verba para propaganda, aliás já profusamente distribuída. E, é claro, até à data, ainda não arrancou qualquer obra da concessão!
Não olhar a meios
Para minimizar os efeitos desastrosos das suas políticas neoliberais (o que não impediu Sócrates de tornar-se, de repente, um «defensor» de uma maior intervenção do Estado – para nacionalizar os prejuízos de fraudes bancárias e distribuir milhões pelos banqueiros), o PS não olha, pois, a meios: manipula estatísticas do desemprego e pressiona trabalhadores precários; ataca a comunicação social que não lhe presta vassalagem; utiliza empresas públicas, como a EDIA, para «promover» candidatos a autarquias; desresponsabiliza-se da situação de desastre no País assacando todas as culpas à «crise internacional», tal como antes atribuía ao «défice» os sacrifícios exigidos.
Face ao fracasso da governação PS, os trabalhadores têm nas eleições deste ano oportunidade de condenar nas urnas as opções do PS que arruínam o País. O reforço das posições, expressão e influência eleitorais da CDU é «uma condição para a concretização de uma ruptura com a política de direita e para abrir caminho a uma nova política que, vinculada aos valores de Abril e à Constituição da República, assegure um futuro e uma vida melhores para os trabalhadores e o povo, num país mais justo, desenvolvido e soberano».
O episódio foi noticiado: o ministro da Economia, numa operação coordenada pelo governador civil de Beja, deslocou-se à vila alentejana de Aljustrel, para oferecer à direcção do clube desportivo local – do qual o presidente, «por acaso», é o candidato do PS ao município – um cheque de 5 mil euros... da EDP. Tudo testemunhado por uma equipa da RTP previamente convocada por assessores ministeriais. Ora, sem contar com o despudorado envolvimento de figuras e meios do Estado numa campanha partidária, ainda que camuflada, é inaceitável que um governo decente deixe impune a «contribuição» de uma empresa a um clube através de um ministro. Quanto à participação do governador civil de Beja directamente na campanha do PS, é habitual, com total impunidade: já depois disso, assistiu a uma conferência de imprensa de um candidato «socialista» em Beja.
Outro exemplo da publicidade enganosa a que recorre o Governo PS tem a ver com o futuro Itinerário Principal n.º 8, ligando Sines, no litoral, a Vila Verde de Ficalho (Serpa), na fronteira, uma via recorrentemente prometida em períodos eleitorais. O primeiro-ministro, depois de muitos projectos e estudos, deslocou-se a Beja, montou uma tenda luxuosa e revelou que o IP8, no quadro da Concessão Baixo Alentejo, iria avançar, mas somente entre Sines e Beja, e com portagens.
Meses mais tarde, em Sines, voltou a garantir a adjudicação da estrada «para breve». Já este ano, fez uma deslocação-relâmpago a Ferreira do Alentejo, e, noutra tenda, formalizou a adjudicação da concessão, que inclui meio IP8 rebaptizado de A26. Nos dias seguintes, um ministro e um secretário de Estado estiveram em Sines, Santiago do Cacém, Beja e Évora a anunciar uma vez mais o IP8 e a Concessão Baixo Alentejo, cuja adjudicação – soube-se entretanto – implicou a entrega à Estradas de Portugal, pelo concessionário, de avultada verba para propaganda, aliás já profusamente distribuída. E, é claro, até à data, ainda não arrancou qualquer obra da concessão!
Não olhar a meios
Para minimizar os efeitos desastrosos das suas políticas neoliberais (o que não impediu Sócrates de tornar-se, de repente, um «defensor» de uma maior intervenção do Estado – para nacionalizar os prejuízos de fraudes bancárias e distribuir milhões pelos banqueiros), o PS não olha, pois, a meios: manipula estatísticas do desemprego e pressiona trabalhadores precários; ataca a comunicação social que não lhe presta vassalagem; utiliza empresas públicas, como a EDIA, para «promover» candidatos a autarquias; desresponsabiliza-se da situação de desastre no País assacando todas as culpas à «crise internacional», tal como antes atribuía ao «défice» os sacrifícios exigidos.
Face ao fracasso da governação PS, os trabalhadores têm nas eleições deste ano oportunidade de condenar nas urnas as opções do PS que arruínam o País. O reforço das posições, expressão e influência eleitorais da CDU é «uma condição para a concretização de uma ruptura com a política de direita e para abrir caminho a uma nova política que, vinculada aos valores de Abril e à Constituição da República, assegure um futuro e uma vida melhores para os trabalhadores e o povo, num país mais justo, desenvolvido e soberano».