
- Nº 1844 (2009/04/2)
Ministério dos despedimentos
Breves Trabalhadores
Pela terceira vez, o Ministério do Trabalho não se fez representar na reunião para analisar o processo de despedimento colectivo da Lamartine (Grupo Dimensão), «há muito marcada» para a passada sexta-feira mas que, assim, ficou novamente inviabilizada. «A minha revolta não justifica que diga que o Ministério anda ao “sabor das ondas”, enquanto o senhor ministro se dedica a organizar as campanhas eleitorais do PS, porque isso não seria correcto», afirma Manuel Guerreiro, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN. «Na verdade, já muito antes da preparação da campanha eleitoral, os serviços do Ministério do Trabalho não respondiam minimamente às necessidades e responsabilidades legais de promoção da contratação colectiva, de acompanhamento e intervenção nos conflitos colectivos», refere aquele dirigente sindical no sector do comércio, numa nota que divulgou no sábado. Se, na Lamartine, o Ministério fica ausente, «nos outros casos de despedimento» ocorridos no sector «não prepara, não dá contribuições para solucionar ou atenuar os problemas, limita-se a suscitar simples questões formais».