«Os valonguenses continuam a assistir a cenas lamentáveis e de pura irresponsabilidade política por parte do presidente da Câmara de Valongo (Fernando Melo) e das estruturas locais do PSD», acusa, em nota de imprensa, a CDU, lamentando a «ausência de realizações» e a incapacidade de uma «gestão rigorosa dos dinheiros públicos».
Nos últimos quatro meses, denuncia a CDU, o autarca do PSD «acordou» e «desatou a desbaratar os recursos» da Câmara, nomeadamente com o lançamento «de obras sem o devido cabimento de receita» e de «projectos de requalificação e construção de equipamentos escolares sem planificação e sustentabilidade».
Para além do «ajuste directo sem controlo e sem critério», foram ainda contratados espectáculos, alguns deles marcados para o período pré-eleitoral, a «preços astronómicos» (só num espectáculo vão ser efectuados pagamentos superiores a 100 mil euros).
Entretanto, o volume de obra realizado nestes últimos meses fez disparar a dívida de curto prazo de 6,9 milhões de euros, em Março de 2008, para 14,3 milhões de euros, em Dezembro do mesmo ano. Segundo a Coligação, em Abril de 2009, tendo em conta o desenvolvimento das diversas obras em curso e os diversos compromissos para os meses imediatamente antes das eleições, a «dívida a curto prazo atinge já 17,8 milhões de euros», a «despesa corrente comprometida, por facturar, é de 6,6 milhões de euros», e a «despesa de capital é de 12,9 milhões de euros», o que perfaz um total de 19,6 milhões de euros.
Por outro lado, o défice orçamental previsto para o final do corrente exercício terá o montante de 39,6 milhões de euros e um endividamento a curto prazo rondando os 19,9 milhões de euros.