Salários em atraso, de três a oito meses, fazem com que centenas de trabalhadores agrícolas do Douro estejam a sofrer «extremas dificuldades», revelou anteontem a União dos Sindicatos de Vila Real. Em declarações à Lusa, o coordenador da estrutura distrital da CGTP-IN afirmou que há «muitas situações de pobreza envergonhada» e muitas pessoas procuram alternativas de emprego na emigração. António Serafim responsabilizou pela situação as políticas dos governos do PS e do PSD para o sector vitivinícola duriense, particularmente a retirada de competências e fontes de receita à Casa do Douro. Criticou ainda a má gestão que origina muitas dificuldades em várias adegas cooperativas.