- Nº 1879 (2009/12/3)

Galiza

Breves Trabalhadores

Reforçar a fiscalização das condições de trabalho transfronteiriço para impedir situações de discriminação salarial e de horários laborais foi o apelo feito pelos sindicatos do Norte de Portugal e da Galiza, no fim do Encontro do Conselho Sindical Inter-Regional (CSI) Galiza/Norte de Portugal, que decorreu em Vigo, dia 20 de Novembro, subordinado exclusivamente à situação dos trabalhadores da construção naval de ambos os territórios. Segundo o CSI, o sector garante perto de 15 mil trabalhadores em ambos os lados a fronteira, sendo que na Galiza praticam-se salários bem acima dos mil euros, enquanto na parte portuguesa, a média salarial ronda os 700. Esta «notável diferença salarial» faz com que cada vez mais trabalhadores portugueses com contratos legais atravessem diariamente a fronteira galega. Actualmente são já quase 17 mil, havendo três mil galegos que fazem percurso inverso, maioritariamente para trabalharem no sector da saúde.
«Para trabalho igual, salário igual e condições de trabalho iguais», exigiu o coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, da CGTP-IN, Branco Viana, que também alertou para a existência de cada vez mais jovens que se formam no sector, em Portugal, e vão depois trabalhar para a Galiza.