- Nº 1896 (2010/04/1)
Encerramento de serviços de saúde

«Aberração irracional»

Nacional

O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Valença, Melgaço, Paredes de Coura e Arcos de Valdevez encerrou, no domingo, as suas portas durante o período nocturno, obrigando os doentes a deslocarem-se para o Serviço de Urgências Básicas de Monção.
Uma medida imposta pelo Governo, através do Conselho Directivo da Administração Regional da Saúde do Norte, que as populações discordam e prometem lutar até que a situação seja reposta. Protestos que contam com a solidariedade do PCP. João Frazão, da Comissão Política, declarou, entretanto, que esta política de saúde do Governo PS é «economicista», «não tem em conta os interesses das populações» e «despreza, sobretudo, os meios rurais, empurrando os utentes para serviços privados».
Por seu lado, a CDU de Valença manifestou solidariedade com a luta da população e, em nota de imprensa, reafirmou «o seu apoio incondicional aos justos e legítimos interesses dos valencianos».
Em conferência de imprensa, realizada anteontem, o Sindicato dos Enfermeiros classificou a decisão do Governo de «erro de palmatória» e de «aberração irracional». «Não dispomos de descodificador de mistérios para perceber por que terá um valenciano de ir buscar o passe a Monção para ir a uma consulta médica ao hospital de Viana da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, justamente numa época em que tudo parecia simplificar-se, com a uniformização e encurtamento de distâncias, entre os centros de saúde e hospitais», refere o sindicato.