Os comunistas de Alcobaça denunciaram, em conferência de imprensa realizada segunda-feira, o brutal desemprego registado no concelho: os actuais 2700 inscritos no Centro de Emprego representam uma taxa de 21,22 por cento, ou seja, mais do dobro da média nacional. Mas estes números, já de si expressivos, ocultam uma realidade mais vasta – além destes, há cerca de 1200 trabalhadores inseridos em programas ocupacionais e de formação e os comunistas calculam que cerca de meio milhar de desempregados não estejam sequer inscritos nos centros de emprego.
Para a Comissão Concelhia de Alcobaça do PCP, a situação é tão mais preocupante quanto continuam a encerrar empresas do sector produtivo, o que «trará inevitavelmente mais desemprego». Já não são só as fábricas dos sectores da cerâmica, mobiliário e moldes a encerrar. Também o comércio local «evidencia o desgaste desta política que favorece as grandes superfícies».
Os comunistas defendem o fomento da produção e a criação e valorização do emprego como eixos de uma nova política económica. Até lá, garantem, «só organizados e lutando os trabalhadores poderão por fim à injustiça, ao desemprego, à precariedade, aos baixos salários e à exploração desumana».