Aviso aos bancos

Com a concentração de dia 15, junto à sede da Associação Portuguesa de Bancos, em Lisboa, o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira pretendeu dar um primeiro sinal de que é necessário avançar mais rapidamente na negociação de uma convenção colectiva para o sector. A APB deve responder à proposta de actualização salarial para 2010, oportunamente entregue pelo Sintaf/CGTP-IN, «ou voltaremos à rua, num horário que permita que muitos mais bancários participem», preveniu Joaquim Poças.
Este dirigente contestou a posição dos patrões banqueiros, que pretendem negar aumentos salariais, a pretexto da crise que requer sacrifícios, enquanto os cinco principais acumularam mais de 1700 milhões de euros de lucros, em 2009. Acusou os sindicatos da UGT, na banca, de afastarem os trabalhadores da luta por melhores condições de vida, e responsabilizou o Governo pela não actuação da ACT na fiscalização de «milhares de horas extraordinárias não pagas».
Em nome da União dos Sindicatos de Lisboa, Libério Domingues valorizou a expressão pública do protesto e da discordância dos trabalhadores, contra as políticas e as medidas do Governo e do patronato dos diversos sectores, que querem impor a «contenção» ou os «congelamentos» dos salários, «nalguns casos, para durar até 2013». O coordenador da USL e membro da Comissão Executiva da CGTP-IN refutou a inevitabilidade que vem associada à defesa de tais medidas e apelou à intensificação e ampliação da luta, sublinhando a grande importância de uma forte participação no 1.º de Maio.

Seguros

A força que é preciso dar ao 1. º de Maio deste ano foi também salientada por Joaquim Fidalgo, do Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins, que saudou a luta dos bancários contra «os mesmos patrões, na banca, nos seguros e no País». Lembrou que as seguradoras têm na mesa negocial uma proposta de zero por cento, que representa uma descida do poder de compra dos salários. O Sinapsa está a promover a mobilização e protesto dos trabalhadores, sob formas que daí a pouco iriam estar em discussão, por exemplo, nos plenários marcados para locais de trabalho da Tranquilidade e da Macif.
O sindicato lançou no início deste mês a campanha «Agora é Hora!», defendendo o cumprimento rigoroso do horário de saída, como forma de combater o trabalho extra gratuito.


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