A demissão da Metro do Porto, agora anunciada por Rui Rio, deve ser vista como «mais uma operação de vitimização», que é preciso interpretar «à luz de uma gestão metropolitana, sob sua presidência, de clara submissão às pretensões do Governo», diz a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, lembrando que este autarca é o responsável pela entrega ao Governo da maioria no Conselho de Administração e «cúmplice» nos atrasos no desenvolvimento do projecto do Metro do Porto.
Quanto à suspensão pela Metro do Porto, desde Setembro de 2009, das remunerações aos autarcas, com base num parecer da PGR de 2006 – esclarecedora sobre a proibição de acumulação de vencimentos –, o PCP compara-a à que Rui tomou também em 2006 relativamente aos cantoneiros: face a uma dúvida mínima quanto ao subsídio nocturno a pagar a estes trabalhadores da Câmara Municipal do Porto, Rui decidiu cortá-lo de imediato até ao apuramento da sua legalidade.