Património escolar

Por uma gestão pública e transparente

O Par­la­mento re­jeitou re­cen­te­mente com os votos contra do PS, PSD e CDS/​PP o pro­jecto de lei do PCP que vi­sava a ex­tinção da em­presa «Parque Es­colar, EPE», cri­ando, em sua subs­ti­tuição, uma es­tru­tura pú­blica sob a tu­tela do Mi­nis­tério da Edu­cação.

Blo­queda, por ora, foi assim a ini­ci­a­tiva des­ti­nada a in­flectir a linha de des­res­pon­sa­bi­li­zação do Es­tado em ma­téria de edu­cação que tem vindo a ser in­cre­men­tada so­bre­tudo desde o an­te­rior go­verno PS, ori­en­tação essa acom­pa­nhada por me­didas ten­dentes à pri­va­ti­zação do sis­tema edu­ca­tivo.

Este é um as­sunto que tem me­re­cido uma par­ti­cular atenção da ban­cada co­mu­nista, sendo o pro­jecto de re­so­lução agora in­vi­a­bi­li­zado apenas a mais re­cente de uma série de di­li­gên­cias que as­su­miram, in­clu­si­va­mente, a forma de de­cla­ração po­lí­tica no ple­nário do Par­la­mento.

O de­pu­tado co­mu­nista Mi­guel Tiago, alu­dindo ao tema, pôs no­me­a­da­mente em re­levo em vá­rias oca­siões o facto de a cri­ação da Parque Es­colar ter ser­vido para en­tregar muitos mi­lhões de euros a um con­junto de em­presas es­co­lhidas com base em cri­té­rios des­co­nhe­cidos.

Não é porém apenas a opa­ci­dade sobre os con­tratos e ad­ju­di­ca­ções de pro­jectos e em­prei­tadas le­vados a cabo pela Parque Es­colar que sus­citam le­gí­timas dú­vidas e a crí­tica dos de­pu­tados co­mu­nistas. Como está es­crito no pro­jecto de re­so­lução, o mais grave con­tínua a ser «o con­torno po­lí­tico» da es­tra­tégia se­guida pelo Go­verno PS, dado que «re­pre­senta ma­te­ri­al­mente a pri­va­ti­zação e em­pre­sa­ri­a­li­zação do parque es­colar e da sua gestão». Trata-se, com efeito, por via em­pre­sa­rial, de gerir um vas­tís­simo pa­tri­mónio edi­fi­cado, in­cluindo equi­pa­mentos di­dác­ticos e infra-es­tru­turas des­por­tivas.

Por isso o PCP con­ti­nuará a bater-se pela al­te­ração deste quadro, de­fen­dendo, no­me­a­da­mente, que a ma­nu­tenção do parque es­colar e as op­ções po­lí­ticas que a devem nor­tear devem ser uma com­pe­tência es­trita do Es­tado, «es­cru­ti­nável e po­li­ti­ca­memnte as­su­mida».

 



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