O MAIS BELO DE TODOS OS IDEAIS

«O PCP é a grande força de opo­sição à po­lí­tica de di­reita»

O ba­lanço ao es­tado e à ac­ti­vi­dade do Par­tido a que o Co­mité Cen­tral pro­cedeu na sua re­cente reu­nião, con­firma o PCP como um par­tido sin­gular no quadro par­ti­dário na­ci­onal e como re­fe­rência de in­con­tor­nável con­si­de­ração em qual­quer aná­lise séria e ri­go­rosa da si­tu­ação do País.

Afir­mando-se, pelo con­teúdo, pela di­ver­si­dade e pela in­ten­si­dade da sua in­ter­venção como a grande força de opo­sição à po­lí­tica de di­reita, o PCP ocupa in­dis­cu­ti­vel­mente a pri­meira fila da luta pela rup­tura e pela mu­dança ne­ces­sá­rias. De­sem­pe­nhando papel re­le­vante na di­na­mi­zação da luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, o Par­tido é, ao mesmo tempo, por­tador de pro­postas e de um pro­jecto al­ter­na­tivo para o País, com uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, de de­fesa e res­peito pela in­de­pen­dência e a so­be­rania na­ci­onal, capaz de ini­ciar a re­so­lução dos muitos e graves pro­blemas ge­rados por 34 anos de po­lí­tica de di­reita e sig­ni­fi­ca­ti­va­mente agra­vados pelo ac­tual Go­verno PS/​José Só­crates.

A acção de­sen­vol­vida pelos mi­li­tantes co­mu­nistas nas es­tru­turas uni­tá­rias dos tra­ba­lha­dores – sin­di­catos e co­mis­sões de tra­ba­lha­dores – cons­titui um con­tri­buto de­ci­sivo na pro­moção do es­cla­re­ci­mento, da uni­dade e da or­ga­ni­zação da luta das massas tra­ba­lha­doras, factor de­ci­sivo de re­sis­tência, de rup­tura e de mu­dança.

Um con­tri­buto cujos efeitos foram bem vi­sí­veis na his­tó­rica ma­ni­fes­tação de 29 de Maio, uma das mai­ores de sempre re­a­li­zadas no nosso País, em que mais de 300 mil pes­soas, numa no­tável de­mons­tração con­creta da força or­ga­ni­zada dos tra­ba­lha­dores, vi­eram dizer que a luta con­tinua, mais ampla, mais forte, mais in­tensa. Um con­tri­buto que terá igual ex­pressão hoje mesmo, no Dia Na­ci­onal de Pro­testo e Luta também de­ci­dido pela CGTP-IN e também ponto de par­tida para novas e im­por­tantes lutas.

Um con­tri­buto sempre com­ple­men­tado pela acção, nas ins­ti­tui­ções, dos eleitos co­mu­nistas que aí se afirmam como porta-vozes dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo.

Um con­tri­buto que, pelas ca­rac­te­rís­ticas de que se re­veste, só está ao al­cance dos mi­li­tantes do Par­tido da classe ope­rária e de todos os tra­ba­lha­dores.


T
ambém no que diz res­peito à acção do Par­tido, neste caso através de ini­ci­a­tivas le­vadas a cabo pelo pró­prio co­lec­tivo par­ti­dário, o ba­lanço feito é por de­mais de­mons­tra­tivo da ca­pa­ci­dade de in­ter­venção dos co­mu­nistas e do peso dessa in­ter­venção na vida po­lí­tica na­ci­onal. As cen­tenas de ini­ci­a­tivas par­ti­dá­rias re­a­li­zadas nas úl­timas se­manas e nos úl­timos meses são bem o es­pelho de um Par­tido li­gado às massas, pro­fun­da­mente iden­ti­fi­cado com os seus in­te­resses, an­seios e as­pi­ra­ções e ple­na­mente cons­ci­ente do papel que lhe cabe de­sem­pe­nhar na si­tu­ação dra­má­tica a que a po­lí­tica de di­reita con­duziu o País.

Re­giste-se o im­pacto das múl­ti­plas ini­ci­a­tivas de­sen­vol­vidas no âm­bito das 500 ac­ções contra o PEC, que têm vindo a ser con­cre­ti­zadas de Norte a Sul do País e que as­su­miram sig­ni­fi­ca­tiva ex­pressão com os des­files de Lisboa, Évora e Porto, nos quais mi­lhares de pes­soas se ma­ni­fes­taram em de­fesa do em­prego, da pro­dução na­ci­onal, da jus­tiça so­cial, da so­be­rania e da in­de­pen­dência na­ci­onal – enfim, pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e pela con­cre­ti­zação de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva e de uma al­ter­na­tiva po­lí­tica, pa­trió­tica e de es­querda.

E su­blinhe-se o êxito da jor­nada na­ci­onal do pas­sado dia 1 de Julho, que trouxe para a rua o pro­testo de mi­lhares de pes­soas «Contra o au­mento dos preços e o roubo nos sa­lá­rios».

Tanta e tão in­tensa ac­ti­vi­dade só é pos­sível na base de uma forte mi­li­tância: a mi­li­tância re­vo­lu­ci­o­nária dos co­mu­nistas, feita de uma ele­vada cons­ci­ência po­lí­tica, de classe, ide­o­ló­gica e par­ti­dária, de uma de­di­cação e uma en­trega to­tais à luta, de uma per­ma­nente dis­po­ni­bi­li­dade de in­ter­venção sejam quais forem as con­di­ções que se lhe de­parem em cada mo­mento – uma mi­li­tância que é fonte de força es­sen­cial do Par­tido e que não tem pa­ra­lelo no quadro par­ti­dário na­ci­onal.


E
sta in­tensa ac­ti­vi­dade do Par­tido, o seu sig­ni­fi­cado, as exi­gên­cias que com­porta e os de­sa­fios que apre­senta, acen­tuam no co­lec­tivo par­ti­dário a cons­ci­ência da ne­ces­si­dade do re­forço or­gâ­nico, in­ter­ven­tivo e ide­o­ló­gico do Par­tido.

Daí o em­penho co­lec­tivo em pros­se­guir e levar mais longe a acção «Avante! Por um PCP mais forte» em todas as suas ver­tentes, dando con­ti­nui­dade e apro­fun­dando os avanços já re­gis­tados, re­for­çando

a li­gação do Par­tido às massas, em pri­meiro lugar à classe ope­rária e res­tantes tra­ba­lha­dores, for­ta­le­cendo as cé­lulas de em­presa e cri­ando-as onde elas ainda não existem; re­cru­tando novos mi­li­tantes e in­te­grando-os no co­lec­tivo par­ti­dário, enfim dando mais força ao Par­tido para dar mais força à luta. E for­ta­le­cendo sempre a de­mo­cracia par­ti­dária in­terna, de­sig­na­da­mente com a re­a­li­zação das as­sem­bleias das or­ga­ni­za­ções – mo­mentos im­por­tantes da vida dessas or­ga­ni­za­ções, no de­correr dos quais pro­cedem ao ba­lanço co­lec­tivo do tra­balho de­sen­vol­vido; apontam erros e de­fi­ci­ên­cias; su­bli­nham acertos e avanços; de­finem li­nhas de tra­balho no âm­bito das ori­en­ta­ções ge­rais do Par­tido; elegem os or­ga­nismos que hão-de as­se­gurar a di­recção do tra­balho fu­turo – como acon­teceu nas mais de 300 as­sem­bleias re­a­li­zadas nos úl­timos seis meses.

Tudo isto ex­pres­sando a pro­funda de­mo­cracia que ca­rac­te­riza o fun­ci­o­na­mento in­terno do PCP. Tudo isto as­sente nessa outra fonte de força es­sen­cial do Par­tido que é o tra­balho co­lec­tivo. Tudo isto feito na­quele am­bi­ente de ca­ma­ra­dagem e de fra­ter­ni­dade ha­bi­tual nos mi­li­tantes co­mu­nistas – desse co­lec­tivo de ho­mens, mu­lheres e jo­vens por­ta­dores do mais belo de todos os ideais, o ideal co­mu­nista.