Milhares em Lisboa contra a política de direita

Protesto à porta de Sócrates

Mi­lhares de tra­ba­lha­dores, re­for­mados, pen­si­o­nistas e jo­vens dos sec­tores pú­blico e pri­vado des­fi­laram da Praça do Rossio até à re­si­dência ofi­cial do pri­meiro-mi­nistro, contra o de­sem­prego e a pre­ca­ri­e­dade, re­pu­di­ando a po­lí­tica de di­reita.

 

Através da luta é pos­sível obter-se re­sul­tados

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Antes de par­tirem, em des­file, da Praça do Rossio, Ana Pires, da In­ter­jovem/​CGTP-IN, e Li­bério Do­min­gues, co­or­de­nador da União dos Sin­di­catos de Lisboa, sau­daram os mais de cinco mil par­ti­ci­pantes, se­gundo os dados ofi­ciais da PSP.

O co­or­de­nador da USL/​CGTP-IN sa­li­entou que «todas as formas de luta são le­gí­timas, in­cluindo a greve geral», que não está fora dos ho­ri­zontes, se o Go­verno in­sistir na mesma po­lí­tica de des­truição de di­reitos la­bo­rais, através do blo­queio à ne­go­ci­ação co­lec­tiva, e se con­ti­nuar a pre­tender con­cre­tizar as pri­va­ti­za­ções de em­presas e áreas es­tra­té­gicas.

A ma­ni­fes­tação também de­mons­trou como, através da luta, é pos­sível obter-se re­sul­tados po­si­tivos, de­sig­na­da­mente, au­mentos sa­la­riais acima dos pre­ten­didos pelo Go­verno e o pa­tro­nato, como na Se­kurit, em­presa pri­vada de se­gu­rança, ou na em­presa de ce­râ­mica e de plás­ticos téc­nicos, Raus­chert, cujos tra­ba­lha­dores se con­gra­tu­laram por terem ob­tido au­mentos sa­la­riais de dois por cento.

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Contra os cortes e as re­du­ções nas pen­sões de re­forma, os pen­si­o­nistas e re­for­mados da Inter-Re­for­mados des­fi­laram «Por um País me­lhor», en­quanto as Co­mis­sões de Utentes de Lisboa se jun­taram ao pro­testo lem­brando que «A saúde é um di­reito».

Micro e pe­quenos em­pre­sá­rios do dis­trito es­ti­veram pre­sentes num sector es­pe­cí­fico da ma­ni­fes­tação, lem­brando que também eles são gra­ve­mente pre­ju­di­cados com a po­lí­tica de di­reita.

No ca­minho para São Bento, uma de­le­gação do PCP, en­ca­be­çada pelo Se­cre­tário-geral, Je­ró­nimo de Sousa, saudou e foi ca­lo­ro­sa­mente sau­dada à pas­sagem da ma­ni­fes­tação pelo Largo do Corpo Santo.

Du­rante o dia, em vá­rias em­presas da re­gião foram cum­pridas greves e con­cen­tra­ções, acen­tu­ando as rei­vin­di­ca­ções es­pe­cí­ficas, como su­cedeu com a Ad­mi­nis­tração Local, o sector fi­nan­ceiro, os en­fer­meiros ou a ho­te­laria.

A USL/​CGTP-IN re­velou ainda que também ocor­reram con­cen­tra­ções de tra­ba­lha­dores di­ante das em­presas de ele­va­dores Thyssen, em Mas­samá, e Otis, em Mem Mar­tins, e na Haworth Por­tugal, em Queluz, a an­te­ceder a par­ti­ci­pação na ma­ni­fes­tação. Frente a su­per­mer­cados dos grupos Dia/Mi­ni­preço, em Santo Amaro de Oeiras, e AC Santos, na Av. João XXI, em Lisboa, houve igual­mente ac­ções de pro­testo.

 



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