Fenprof leva Governo a tribunais

A Fe­de­ração Na­ci­onal dos Pro­fes­sores anun­ciou, dia 15, que avan­çará com uma queixa contra o Go­verno, nos tri­bu­nais por­tu­gueses e eu­ropeu, e junto da Or­ga­ni­zação In­ter­na­ci­onal do Tra­balho, na pessoa da mi­nistra Isabel Al­çada, porque o Mi­nis­tério da Edu­cação está a tentar romper, no âm­bito do Or­ça­mento do Es­tado para 2011, o acordo su­bor­di­nado à car­reira do­cente e à ava­li­ação de de­sem­penho, fir­mado em 8 de Ja­neiro com os sin­di­catos.

A de­cisão foi anun­ciada pelo se­cre­tário-geral da Fen­prof, Mário No­gueira, à porta do Mi­nis­tério da Edu­cação, de­pois de a mi­nistra da Edu­cação se ter mos­trado in­dis­po­nível para reunir com uma de­le­gação sin­dical.

Em causa estão o con­ge­la­mento das pro­gres­sões e o fim dos re­po­si­ci­o­na­mentos que o Go­verno pre­tende impor. Do acordo fica sus­pensa a parte po­si­tiva, man­tendo-se a ne­ga­tiva, con­si­derou Mário No­gueira, em de­cla­ra­ções à Lusa. Ao pre­co­nizar que a ava­li­ação de de­sem­penho não terá efeitos prá­ticos, o Go­verno de­verá con­cluir que ela não deve ser apli­cada, de­fendeu o di­ri­gente sin­dical.

A não au­to­ri­zação para um con­curso ex­tra­or­di­nário, em 2011, para a en­trada nos qua­dros de pro­fes­sores con­tra­tados, foi outro com­pro­misso de­frau­dado e sa­li­en­tado pelo di­ri­gente sin­dical.

No mesmo dia, o se­cre­ta­riado da Fen­prof so­li­citou às es­colas e aos con­se­lhos pe­da­gó­gicos que aprovem po­si­ções, a re­meter ao Mi­nis­tério da Edu­cação, re­cu­sando con­cre­tizar este re­gime de ava­li­ação. Outro forte apelo fez a fe­de­ração à par­ti­ci­pação dos pro­fes­sores nos ple­ná­rios que de­cor­rerão na pró­xima se­mana, na ma­ni­fes­tação na­ci­onal de 6 de No­vembro e na greve geral de 24 de No­vembro. Nas es­colas, os do­centes de­verão ini­ciar um de­bate para de­ci­direm que ac­ções e formas de luta ge­rais e es­pe­cí­ficas adop­tarão contra estas in­ten­ções do Go­verno.



Mais artigos de: Trabalhadores

Greve geral a crescer

A apre­sen­tação do Or­ça­mento do Es­tado e a in­sis­tência pa­tronal no ataque aos sa­lá­rios vêm acen­tuar a ne­ces­si­dade da greve geral, cujo su­cesso está a ser pre­pa­rado com os tra­ba­lha­dores.

Mobilização total

Ga­rantir o êxito da ma­ni­fes­tação na­ci­onal de 6 de No­vembro e da greve geral para «es­tancar o agra­va­mento brutal das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores», foram ob­jec­tivos cen­trais apro­vados, dia 14, em Lisboa no ple­nário na­ci­onal da Frente Comum.

Resistir à repressão

Aos aten­tados de pa­trões e ca­pa­tazes, que vi­olam di­reitos e leis, os tra­ba­lha­dores e os sin­di­catos res­pondem com co­ragem, de­ter­mi­nação e so­li­da­ri­e­dade.

Militares juntam-se à luta

«Enquanto sargentos e praças forem tratados como seres menores, não há nenhuma condição para reparar as injustiças», afirmou Lima Coelho, presidente da Associação Nacional de Sargentos, dia 14, numa sala totalmente cheia, na...

Polícias manifestam-se

Assumindo-se «frontalmente contra este plano de austeridade e as suas consequências para os profissionais das forças de segurança», a Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP) decidiu que na greve...

Breves Greve Geral

Basta de «peditório» Para o «peditório nacional» que fundamenta as medidas de «austeridade» do Governo, os trabalhadores das empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos têm continuadamente contribuído. Para o STEC, «a receita é sempre a...