Apostar no desenvolvimento do País

Uma can­di­da­tura que não de­siste de Por­tugal. Foi este o com­pro­misso as­su­mido por Fran­cisco Lopes num en­contro com apoi­antes em Braga, de­pois de con­tactar com pe­quenas e mé­dias em­presas do dis­trito. O can­di­dato en­con­trou-se com co­mer­ci­antes do Gerês, vi­sitou a fá­brica de con­fec­ções Goldman, em Fafe, reuniu com a As­so­ci­ação Co­mer­cial de Braga e ter­minou o dia num con­vívio com apoi­antes no café As­tória, no centro his­tó­rico da ci­dade.

Pe­rante meia cen­tena de apoi­antes, Fran­cisco Lopes (que foi apre­sen­tado pelo man­da­tário re­gi­onal, Jo­a­quim Da­niel Ro­dri­gues, ope­rário da Mabor) re­feriu-se aos prin­ci­pais pro­blemas das pe­quenas e mé­dias em­presas do dis­trito, re­al­çando que me­re­ciam outro tra­ta­mento por parte do Go­verno. O tu­rismo no Gerês, por exemplo, foi gra­ve­mente afec­tado pelos in­cên­dios de Verão, sendo fun­da­mental pro­mover e es­ti­mular o uso dos re­cursos na­tu­rais como uma com­po­nente do de­sen­vol­vi­mento do País.

O can­di­dato do PCP evi­den­ciou a forma como as pe­quenas e mé­dias em­presas, tanto no sector pro­du­tivo como no co­mer­cial, são atin­gidas por uma po­lí­tica ex­clu­si­va­mente vol­tada para os in­te­resses dos grandes grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros. Num dis­trito onde a com­po­nente dos têx­teis e do ves­tuário – para além de ou­tros sec­tores – as­sume par­ti­cular im­por­tância, as con­sequên­cias da es­tra­tégia da União Eu­ro­peia quanto às des­lo­ca­li­za­ções e à ab­di­cação da de­fesa da pro­dução, com a com­pla­cência dos su­ces­sivos go­vernos por­tu­gueses, têm-se agra­vado.

«O que se passa com a des­ca­pi­ta­li­zação do sector pro­du­tivo, em be­ne­fício dos grandes grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros, o custo do cré­dito, que leva a que uma parte da­quilo que são os re­sul­tados das em­presas seja trans­fe­rido para o lucro dos bancos no nosso país e no es­tran­geiro, afecta as pe­quenas e mé­dias em­presas», acres­centou Fran­cisco Lopes.

 

Lu­cros dos po­de­rosos ga­ran­tidos

 

O mesmo su­cede com a trans­fe­rência de re­cursos das pe­quenas e mé­dias em­presas do sector pro­du­tivo para os «lu­cros co­los­sais que têm a GALP, a EDP e ou­tras em­presas dessa área, in­cluindo as em­presas de auto-es­tradas, sejam cha­madas como tal ou como SCUT». Con­tro­lado por grandes grupos eco­nó­micos (de­sig­na­da­mente o Grupo Mello) este úl­timo sector apenas «corre o risco» de obter mais ou menos lu­cros, pois lu­cros tem sempre, dada a ga­rantia de con­ces­sões por parte do Es­tado, de­nun­ciou o can­di­dato. Isto pe­na­liza não só os or­ça­mentos fa­mi­li­ares como também as em­presas de menor di­mensão, re­ti­rando-lhes con­di­ções de com­pe­ti­ti­vi­dade.

No en­contro com a As­so­ci­ação Co­mer­cial de Braga, Fran­cisco Lopes de­parou-se com uma pre­o­cu­pação que é comum a todo o País: a pro­li­fe­ração das grandes su­per­fí­cies co­mer­ciais, que tem le­vado à de­pre­dação e à des­truição do co­mércio tra­di­ci­onal. «O que sen­timos é esta di­fi­cul­dade, este nível de so­bre­vi­vência que muitas pe­quenas e mé­dias em­presas têm e nós en­ten­demos que é con­ver­gente com as ne­ces­si­dades na­ci­o­nais e com os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês.»

A can­di­da­tura as­su­mida por Fran­cisco Lopes, por seu lado, tem um pro­grama al­ter­na­tivo que as­senta no in­ves­ti­mento pú­blico, na aposta no sector em­pre­sa­rial do Es­tado e no es­tí­mulo à ac­ti­vi­dade das pe­quenas e mé­dias em­presas. O apro­vei­ta­mento dos re­cursos do País; a aposta na pro­dução na­ci­onal; a cri­ação de em­prego com di­reitos; e a justa dis­tri­buição da ri­queza são vec­tores fun­da­men­tais deste pro­grama al­ter­na­tivo.



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