Estudantes em luta a 10 de Novembro

Acção de protesto

No dia 10 de No­vembro, os es­tu­dantes do en­sino se­cun­dário e bá­sico vão sair à rua por uma es­cola pú­blica, gra­tuita, de­mo­crá­tica e de qua­li­dade para todos.

Não po­demos ad­mitir que chova dentro das es­colas

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Esta acção de luta, pro­mo­vida pela De­le­gação Na­ci­onal das As­so­ci­a­ções de Es­tu­dantes do En­sino Se­cun­dário e Bá­sico (DNA­EESB), visa de­nun­ciar os cortes na Acção So­cial e a cri­ação dos mega-agru­pa­mentos, que levam a que haja menos fun­ci­o­ná­rios, psi­có­logos e téc­nicos». «Este é mais um paço na pri­va­ti­zação das es­colas», re­fere, em nota de im­prensa, a DNA­EESB, onde con­testa o Es­ta­tuto do Aluno, «que au­menta os po­deres do di­rector, pas­sando uni­ca­mente por este de­ci­sões como a sus­pensão e ex­pulsão, e di­minui a par­ti­ci­pação dos es­tu­dantes na vida de­mo­crá­tica da es­cola».

Os es­tu­dantes estão ainda contra a de­gra­dação das ins­ti­tui­ções de en­sino. «Não po­demos ad­mitir que chova dentro das es­colas, que não haja aque­ci­mento no In­verno, que em muitas es­colas não exista um pa­vi­lhão para a prá­tica da edu­cação fí­sica, que exista meia dúzia de com­pu­ta­dores aces­sí­veis a cen­tenas de es­tu­dantes», sa­li­enta a DNA­EESB, que alerta para «a falta de fun­ci­o­ná­rios e de pro­fes­sores» e exige a «real im­ple­men­tação da Edu­cação Se­xual nas es­colas» e o «fim dos exames na­ci­o­nais», que, todos os anos, «barram o acesso ao en­sino su­pe­rior a mi­lhares de jo­vens».

Os pro­blemas no en­sino se­cun­dário e bá­sico es­tendem-se ainda ao au­mento dos custos com a edu­cação, à pri­va­ti­zação dos ser­viços das es­colas e com a in­tensão, por parte do Go­verno, de cortar nos passes so­ciais.

Ontem, a As­so­ci­ação de Es­tu­dantes da Es­cola Pro­fis­si­onal de Ci­ên­cias Ge­o­grá­ficas lançou um abaixo-as­si­nado, com o ob­jec­tivo de re­co­lher quatro mil as­si­na­turas, a nível na­ci­onal, de modo a afirmar a im­por­tância de uma in­ter­venção ur­gente do Go­verno para as­se­gurar um en­sino pro­fis­si­onal que in­clua, entre ou­tras me­didas, um «sério in­ves­ti­mento», a «eli­mi­nação de pro­pinas e de qual­quer outro tipo de emo­lu­mentos» e o «de­sen­vol­vi­mento de me­didas de apoio a es­tu­dantes através de pa­ga­mento de sub­sídio de ali­men­tação, trans­porte e alo­ja­mento».