Frases

«Se no terreno estivesse o Manuel Alegre das eleições presidenciais de 2005, o seu discurso vigoroso e ancorado na missão de uma esquerda mais ortodoxa seria capaz de lhe proporcionar as ideias, a polémica e a mobilização de que tanto necessita. Mas para ser igual ao que sempre foi, teria de criticar os cortes sociais, a subida dos impostos e o consenso do bloco central»

(Editorial, Público, 15.11.10)

 

«Nunca como neste período as desigualdades sociais em Portugal foram tão gritantes. Os mais ricos são cada vez mais ricos e os mais pobres cada vez mais pobres.»

(Carlos Anjos, Correio da Manhã, 12.11.10)

 

«Não corremos o risco de os nossos sacrifícios e o sofrimento dos mais pobres não servirem para nada?»

(Vicente Jorge Silva, Sol, 12.11.10)

 

«Pode um Estado obrigar um desempregado a completar o 12.º ano de escolaridade quando, actualmente, a lei, (…) determina que se frequente a escola até aos 18 anos? E sob pena de lhe cortar um subsídio para o qual, goste-se ou não da ideia, esse mesmo desempregado descontou?»

(Joana Amorim, Jornal de Notícias, 13.11.10)

 

«A acumulação de capital (e de poder) precisa do consentimento das vítimas que colaboram forçadamente no processo. E quanto mais longe estão, mais natural será rebelarem-se quando vêem uma oportunidade.»

(João Caraça, Público, 12.11.10)

 

«Sabemos que o que se silencia [nos órgãos de Comunicação Social] é, na maior parte das vezes, tão ou mais importante do que o que se publica»

(António Vilarigues, ibidem)

 

«Os líderes europeus deram liberdade aos mercados. Os mercados espetaram a faca nas costas dos políticos. E, agora, os políticos [como Ângela Merkel] pedem aos mercados para serem bonzinhos no tempo que resta de carnificina.»

(Pedro Ivo Carvalho, Jornal de Notícias, 12.11.10)

 

«Talvez Passos Coelho devesse recordar a sua cumplicidade não só no PEC II como, agora, no Orçamento para 2011 e pensar duas vezes antes de ter ideias. Porque, como dizem povo e Código Penal, tão ladrão é o que entra pela janela como o que segura a escada.»

(Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 11.11.10)

 

«O fecho [da Biblioteca Nacional] tem consequências gravosas, sobretudo para os investigadores mais jovens, que preparam as suas teses de mestrado e doutoramento»

(Diogo Ramada Curto, Público, 13.11.10)