União Sindical avisa e reclama medidas

Algarve assolado por desemprego

A União dos Sin­di­catos do Al­garve alertou, dia 13, para a forma como o de­sem­prego está a au­mentar na re­gião, re­a­li­dade que prevê vir a agravar-se ainda mais no pró­ximo In­verno.

O de­sem­prego de­verá chegar aos 15 por cento na re­gião

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No pró­ximo In­verno o de­sem­prego na re­gião de­verá atingir cerca de 34 mil tra­ba­lha­dores, quando, um ano antes, eram pouco mais de vinte mil, alertou, dia 13, o di­ri­gente da União dos Sin­di­catos do Al­garve (USAL/​CGTP-IN), An­tónio Gou­lart.

Sa­li­en­tando que os dados res­pei­tantes a todo o ano de 2009 «já foram gra­vís­simos» e ul­tra­pas­sados no Verão pas­sado, o di­ri­gente sin­dical con­si­derou que estes nú­meros re­velam a gra­vi­dade da crise que atra­vessa a re­gião.

A este au­mento não são alheios os re­centes des­pe­di­mentos na Ground­force, em Faro (ver pá­gina 15), bem como a dis­pensa de en­fer­meiros dos cen­tros de saúde do Al­garve.

 

En­fer­meiras des­pe­didas

 

Um total de 22 en­fer­meiras que de­sem­pe­nhavam fun­ções nos Cen­tros de Saúde de Lagos, Por­timão, Vila do Bispo, Al­jezur, Lagoa, Loulé e Al­bu­feira, em re­gime de sub-con­tra­tação, foram des­pe­didas no dia 9, anun­ciou o Sin­di­cato dos En­fer­meiros Por­tu­gueses.

Re­cla­mando a rein­te­gração ime­diata destas tra­ba­lha­doras, o SEP re­cordou que «o Tri­bunal de Contas de­tectou ile­ga­li­dades no acordo fir­mado entre a ARS do Al­garve e a em­presa que dis­po­ni­bi­liza ser­viços de en­fer­magem, di­tando o seu chumbo e con­se­quente res­cisão ime­diata». Lem­brando que o com­bate à pre­ca­ri­e­dade é e sempre foi uma pri­o­ri­dade do sin­di­cato, o SEP re­cordou que já tinha aler­tado, dia 5, o Mi­nis­tério da Saúde para este pro­blema, pois os con­tratos destas tra­ba­lha­doras es­tava prestes a cessar, «mas nada foi feito» para o pre­venir.

Serão graves as con­sequên­cias desta de­cisão para as tra­ba­lha­doras, con­si­dera o SEP, sa­li­en­tando que também os ser­viços onde as en­fer­meiras de­sem­pe­nhavam fun­ções serão afec­tados, com con­sequên­cias para os utentes. So­bre­car­re­gados fi­carão ainda mais os pro­fis­si­o­nais que con­ti­nuam na­queles cen­tros.

Ao lem­brar que os Cen­tros de Saúde do Al­garve têm uma grave ca­rência de en­fer­meiros, o SEP sa­li­entou que os ser­viços que as agora des­pe­didas de­sem­pe­nhavam eram «im­pres­cin­dí­veis» para o re­gular fun­ci­o­na­mento dos cen­tros.

Re­cor­dando como o Mi­nis­tério da Saúde tem afir­mado que a re­forma dos cui­dado de saúde pri­má­rios é uma pri­o­ri­dade, o SEP cons­tatou «a con­tra­dição entre o dis­curso po­lí­tico e a au­sência de me­didas, e a des­res­pon­sa­bi­li­zação da tu­tela «pe­rante a obri­ga­to­ri­e­dade de pres­tação de cui­dados de saúde de qua­li­dade e em tempo útil às po­pu­la­ções».

 

La­go­adis

 

No Par­chal, ainda na mesma re­gião, a em­presa La­go­adis E'­le­clerc anun­ciou que vai des­pedir, amanhã, 34 tra­ba­lha­dores que «vão en­grossar as fi­leiras de de­sem­pre­gados», e que en­ce­rará em Ja­neiro pró­ximo, re­velou o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores do Co­mércio, Es­cri­tó­rios e Ser­viços de Por­tugal, CESP/​CGTP-IN, num co­mu­ni­cado de dia 11.

26 tra­ba­lha­dores efec­tivos e 8 a prazo des­co­nhecem, como o sin­di­cato, os mo­tivos deste fim, sendo «voz cor­rente na lo­ca­li­dade que um grande grupo eco­nó­mico es­tará por de­trás deste en­cer­ra­mento». O CESP alertou a Au­to­ri­dade para as Con­di­ções de Tra­balho e aguarda que esta tome po­sição.

 



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