Desemprego sem freio

«Ex­tra­or­di­na­ri­a­mente pre­o­cu­pantes», assim clas­si­ficou o de­pu­tado co­mu­nista An­tónio Fi­lipe os nú­meros do de­sem­prego re­la­tivos ao ter­ceiro tri­mestre do ano.

Re­a­gindo aos dados di­vul­gados na pas­sada se­mana pelo INE, em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas no Par­la­mento, con­si­derou tratar-se de «ní­veis de de­sem­prego iné­ditos, quer os 10,9 por cento em sen­tido es­trito quer nos 13,7 de de­sem­prego em sen­tido lato», fa­zendo notar que «são nú­meros re­corde que estão já para além da­quilo que o Go­verno prevê para o final do ano que vem».

An­tónio Fi­lipe lem­brou que «o Go­verno previa que a taxa de de­sem­prego pu­desse atingir os 10,8 por cento no final do pró­ximo ano» quando afinal «a taxa está já hoje nos 10,9 por cento».

E o pior é que tudo po­derá agravar-se com a en­trada em vigor do Or­ça­mento do Es­tado para 2011, de­vido às suas me­didas re­ces­sivas, com re­per­cussão tanto no au­mento do de­sem­prego como na des­pro­tecção so­cial dos de­sem­pre­gados.

«Se estas me­didas do Or­ça­mento do Es­tado ainda não se fi­zeram sentir e nós já es­tamos com ní­veis ele­vados de de­sem­prego, es­tamos com uma enorme pre­o­cu­pação re­la­ti­va­mente àquilo que possa vir a acon­tecer no pró­ximo ano re­la­ti­va­mente a este Or­ça­mento», su­bli­nhou.

De acordo com os dados di­vul­gados pelo INE, a taxa de de­sem­prego em Por­tugal subiu no ter­ceiro tri­mestre do ano para os 10,9 por cento, contra os 10,6 por cento ob­ser­vados no tri­mestre an­te­rior. Re­la­ti­va­mente ao pe­ríodo ho­mó­logo de 2009, o de­sem­prego au­mentou 1,1 pontos per­cen­tuais.



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