Faltam profissionais de saúde
O congelamento da admissão de trabalhadores para a Administração Pública está a estrangular os serviços públicos de saúde. O Agrupamento de Centros de Saúde Seixal-Sesimbra (ACES) é um exemplo desse facto, nota a Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP.
No final do mês de Outubro, no ACES, cessaram funções 22 trabalhadores contratados por empresas de trabalho temporário, agravando a situação resultante da suspensão dos concursos públicos para a admissão de profissionais.
«Entretanto – diz a DORS – os trabalhadores foram chamados para assinarem um novo contrato», mas como os funcionários com vinculo à Função Pública não estão autorizados a cumprir horas extraordinárias, são os precários quem tem de assegurar as jornadas de trabalho suplementar.
«A falta de trabalhadores e a precariedade das relações de trabalho criam ainda mais dificuldades no funcionamento daquelas unidades, o que terá consequências negativas junto da população no acesso e na qualidade dos cuidados de saúde», por isso a DORS considera que «o Governo tem de dotar a ACES Seixal-Sesimbra dos meios humanos necessários, com a admissão de trabalhadores na Administração Pública, integrados numa carreira, com direitos, através da realização de concursos públicos».