Frases

«De­pois desta crise, o nosso país será um lugar mais efi­ci­ente (…), as em­presas que não têm di­reito à vida terão de­sa­pa­re­cido, as ou­tras pa­garão muito menos im­postos e sa­lá­rios mais baixos, o euro talvez tenha de­sa­pa­re­cido (…), a ideia de uma Eu­ropa so­li­dária ter-se-á des­va­ne­cido (…), só ha­verá rei­vin­di­ca­ções la­bo­rais nos filmes e o Es­tado so­cial será uma me­mória vaga. Será ma­ra­vi­lhoso para os ricos.»

(José Vítor Ma­lheiros, Pú­blico, 28.12.10)

 

«Se a crise serviu para al­guma coisa foi para com­pre­ender que as pes­soas es­tavam a ter sa­lá­rios de­ma­siado altos, im­postos de­ma­siado baixos, de­ma­siada es­ta­bi­li­dade de em­prego, de­ma­si­ados ser­viços pú­blicos, de­ma­siada li­ber­dade, saúde e edu­cação de ex­ces­siva qua­li­dade (…) E não ha­vendo pos­si­bi­li­dade de dis­solver o povo, como Brecht su­geria, o Go­verno tentou pelo menos re­duzi-lo à sua justa di­mensão.»

(Idem, ibidem)

 

«Se daqui é pos­sível nascer uma grave con­vulsão so­cial, em­pur­rada por sec­tores sin­di­cais com gosto pelo ra­di­ca­lismo? Pode.»

(Paulo Fer­reira, Jornal de No­tí­cias, 28.12.10)

 

«O olhar pes­si­mista re­servo-o para o ano que está a chegar. Porque, fomos avi­sados, tudo vai ser pior do que era...»

(Sérgio de An­drade, ibidem)

 

«A crise é um beco sem saída para o pri­meiro-mi­nistro. Ele não con­segue sa­cudir as res­pon­sa­bi­li­dades pe­rante a mai­oria dos por­tu­gueses.»

(An­tónio Costa Pinto, Diário de No­tí­cias, 27.12.10)

 

«Tudo in­dica, a crer na Opo­sição, que os “ani­ma­dores si­nais de re­cu­pe­ração eco­nó­mica” que o pri­meiro-mi­nistro ga­rantiu, na sua men­sagem de Natal, exis­tirem no país sejam como as armas de des­truição ma­ciça que havia no Iraque (…) e que iremos passar os pró­ximos anos inu­til­mente à sua pro­cura.»

(Ma­nuel An­tónio Pina, Jornal de No­tí­cias, 27.12.10)

 

«A men­sagem de Só­crates, e a que cer­ta­mente nos re­serva Ca­vaco Silva no Ano Novo, ofendem a dig­ni­dade dos que per­deram em­pregos e apoios so­ciais, dos que vão ga­nhar menos, mas irão pagar mais pelos re­mé­dios, a edu­cação ou os trans­portes. É a su­prema hi­po­crisia na­ta­lícia dos men­sa­geiros da falsa es­pe­rança, no fundo dos grandes res­pon­sá­veis da si­tu­ação que vi­vemos.»

(Ho­nório Novo, ibidem)