Solidariedade em Aveiro

Trabalhadoras discriminadas

O MDM está so­li­dário com as 39 tra­ba­lha­doras da Fer­radaz & Gomes, em­presa têxtil de Es­moriz, que en­cerrou portas sem qual­quer aviso.

 

Falta de res­peito pela dig­ni­dade de quem tra­balha

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Estas tra­ba­lha­doras, se­gundo o Nú­cleo do Dis­trito de Aveiro do Mo­vi­mento De­mo­crá­tico de Mu­lheres (MDM), es­tavam com sa­lá­rios em atraso, cor­res­pon­dentes aos meses de Ou­tubro e No­vembro e de parte do Sub­sídio de Fé­rias e de Natal, desde 2008.

«Pe­rante esta si­tu­ação, e sem quais­quer ex­pli­ca­ções plau­sí­veis por parte da dona da em­presa, as tra­ba­lha­doras per­ma­ne­ceram à porta da fá­brica desde o dia 3 de De­zembro, cum­prindo o seu ho­rário de tra­balho, re­cla­mando tra­balho e as re­mu­ne­ra­ções em atraso, até ao dia 17 de De­zembro, dia em que sou­beram, por mero acaso, ter sido de­cla­rada a in­sol­vência da em­presa», in­formou o MDM, ex­pli­cando que o dis­trito de Aveiro «é um au­tên­tico al­fobre de cul­tura das de­si­gual­dades em geral».

«Si­tu­a­ções como estas são re­sul­tantes de um con­junto de fac­tores que con­jugam a fra­gi­li­dade do te­cido pro­du­tivo (so­bre­tudo dos sec­tores que mais em­prega mão-de-obra fe­mi­nina, como é o caso do sector têxtil) com a falta de res­peito pela dig­ni­dade de quem tra­balha. Mas são, so­bre­tudo, um sinal da grande vul­ne­ra­bi­li­dade eco­nó­mica e so­cial em que se en­contra quem tra­balha, de­vido a po­lí­ticas pro­fun­da­mente dis­cri­mi­na­tó­rias por parte do Go­verno», sa­li­enta o MDM, cri­ti­cando o facto de serem as mu­lheres, di­recta ou in­di­rec­ta­mente, «a pagar a crise» e novas me­didas foram anun­ci­adas, «ainda mais pe­na­li­za­doras, para fa­ci­litar os des­pe­di­mentos, di­mi­nuir o valor das in­dem­ni­za­ções, baixar os sa­lá­rios, pro­longar os ho­rá­rios de tra­balho, alargar a sua mo­bi­li­dade ge­o­grá­fica, au­mentar a pre­ca­ri­e­dade, li­be­ra­lizar o lay-off».

 



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